O controle integrado de pragas em toda a cadeia de proteína animal traz ganhos em termos sanitários e ambientais, além de oferecer ganhos econômicos. A informação é do coordenador técnico de Aves e Suínos da Vetanco do Brasil, Felipe Chiarelli Adorno, que esteve palestrando a convite da AVES, dia 20 de junho, em Marechal Floriano.
A palestra fez parte do terceiro módulo do Programa Anual de Capacitação de Avicultores (Qualificaves) – Frango de Corte.
Para abordar o tema, Felipe elencou dois vetores que, se não controlados, incidem com relativa frequência nos aviários: os cascudinhos e os roedores. As medidas para combate se dividem entre as preventivas, que envolvem boas práticas, e as corretivas, que são barreiras físicas e armadilhas.
“Os cascudinhos têm a capacidade de voar quilômetros por dia, se deslocando entre aviários próximos. Às vezes, um produtor segue todos os padrões adequados, mas o vizinho, não”, alertou o palestrante.
De acordo com estudos recentes, as aves que consomem insetos como este tem a produtividade afetada em aproximadamente 10%, tanto no ganho de peso quanto na conversão alimentar.
Ainda em relação a perdas econômicas e de desempenho das aves, no caso dos ratos, uma infestação média de 100 ratos pode equivaler a mil reais de prejuízo no final de um ano somente com ração, segundo Felipe. “Dinheiro que devia ir para o bolso do avicultor, mas é desperdiçado”.
Isso sem contar os prejuízos nas instalações. Os roedores – sejam ratazanas, ratos de telhado ou camundongos – são grandes vilões da parte elétrica.
Os ratos precisam de 3 itens básicos: abrigo, alimento e água. Não proporcionar esses itens, ou reduzir ao máximo a sua disponibilidade é uma forma importante de controle dessa praga.
Os ratos comuns nas granjas de produção são de 3 espécies, a ratazana, o rato de telhado e o camundongo, cada um tem seus hábitos e habilidades, conhece-los é importante para montar um eficiente programa de controle de pragas.
Entre as ações apresentadas para o controle eficaz estão:
- Revisão, organização e limpeza diária dos pontos de controle;
- Tapagem de buracos dentro do aviário e nas áreas externas próximas;
- Dar destino correto aos animais mortos;
- Fazer remoção de sacos de ração do lote anterior, colocando-os acima do solo e nunca próximo a canos;
- Aplicar corretamente os produtos de controle;
- Atenção para não fazer subdosagem de inseticida;
- De preferência, aplicar o inseticida como última atividade do dia, levantando comedores e bebedores e seguindo à risca as orientações do fornecedor.