Mesmo aumentando a produção do corrente exercício em índice que pode chegar a 5% e ainda que venha obtendo na exportação uma remuneração, em real, pelo menos um quinto superior à dos sete primeiros meses de 2014, ao nível do produtor o frango tende a fechar 2015 com um valor bruto de produção inferior ao do ano passado. Porque, até aqui, o preço obtido na granja, embora apresentando ligeira valorização em termos nominais, em valor real (isto é, considerada a inflação) segue negativo.

Pela mais recente projeção da Coordenação Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola ( SPA) do MAPA, o VBP do frango deve situar-se em torno dos R$43,7 bilhões, recuando mais de 3,5% em relação a 2014.

Essa, aliás, é a segunda redução consecutiva enfrentada pelo frango, cujo valor em 2014, foi cerca de 2% menor que o de 2013. E isto quer dizer que o faturamento bruto previsto para o corrente exercício deve ficar mais de 5% aquém do alcançado dois anos atrás.

O ovo não padece desse problema, pois desde 2010 seu VBP apresenta evolução contínua e, pelas projeções atuais, pode fechar 2015 com um valor bruto mais de 80% superior ao de cinco anos atrás. E isto quer dizer, também, que atinge neste exercício novo recorde de faturamento, seu VBP alcançando valor 2,26% maior que o de 2014.

A registrar, ainda, que os dois produtos da avicultura respondem, neste ano, por cerca de um terço do valor bruto da produção animal – o frango com 26% e o ovo com 7% do total. A maior parcela permanece com os bovinos de corte (43%), enquanto o produto dos bovinos de leite fica com 16%. O bolo é completado com os 8% dos suínos.

Fonte: AviSite