Quarta, 29 Agosto 2018 15:52

Milho: com perspectiva de boa safra nos EUA, mercado recua mais de 1% nesta 3ª em Chicago

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Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Nesta terça-feira (28), as principais posições da commodity ampliaram as perdas e finalizaram o dia com quedas de mais de 5 pontos, uma desvalorização superior a 1%.
 
 

O vencimento setembro/18 fechou o dia a US$ 3,41 por bushel, enquanto o dezembro/18 trabalhava US$ 3,56 por bushel. O março/19 encerrou a sessão a US$ 3,69 por bushel, já o maio/19 era cotado a US$ 3,76 por bushel.

 

 

As agências internacionais destacaram que as cotações foram pressionadas pela perspectiva de uma grande safra de milho nos Estados Unidos nesta temporada. "Os preços do milho caíram na terça-feira quando outra safra com rendimentos acima da média se aproxima da colheita, ainda mais reprimida pela fraqueza da soja", informou o Farm Futures.

 

 

Ao Agriculture.com o analista de grãos da US Commodities, Jason Roose, diz que os investidores normalmente têm que procurar muito por notícias favoráveis ​​ao mercado em agosto.

 

 

“Notícias otimistas são um item raro nesta época do ano, com a colheita se aproximando e as safras amadurecendo. Os mercados de grãos geralmente estão na defesa”, diz Roose.

 

 

E o analista ainda acrescenta que: “As estimativas de produtividade continuam sendo impressionantes para o milho e a soja. A falta de problemas climáticos nos EUA e o medo de uma menor demanda deram à resistência dos grãos”.

 

 

Mercado brasileiro

Enquanto isso, no mercado doméstico, o dia foi de ligeiras altas aos preços do cereal. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Goiás, as praças de Jataí e Rio Verde, registraram valorização de 3,23%, com a saca do grão a R$ 32,00.

 

 

Em Sorriso (MT), a saca do cereal apresentou alta de 2,13%, com a saca a R$ 24,00. Já em Assis (SP), o ganho foi de 1,47%, com a saca a R$ 34,50. Na região de Palma Sola (SC), a saca fechou o dia a R$ 37,00, com valorização de 1,37%.

 

 

Por outro lado, em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca caiu 2,94% e finalizou a terça-feira a R$ 33,00. Em Paranaguá, a saca futura, para entrega setembro, ficou estável em R$ 44,00.

 

 

Os produtores seguem segurando as vendas no mercado doméstico, fator que tem dado suporte aos preços. "A decisão do STF em adiar qualquer resolução do tabelamento dos fretes amplia a insegurança já criada pelo dólar e o cenário político", informou a Radar Investimentos.

 

Dólar

 

A moeda norte-americana voltou a subir forte nesta terça-feira. O câmbio subiu 1,48% e fechou o pregão a R$ 4,1414 na venda, abaixo apenas dos R$ 4,1655, de 21 de janeiro de 2016, maior valor registrado no Plano Real, informou a Reuters.

 

 

"O dólar voltou a fechar com forte elevação, superior a 1 por cento e perto dos 4,15 reais, no segundo maior valor do Plano Real, com a cautela diante das incertezas com o cenário eleitoral doméstico se sobrepondo ao ambiente externo mais tranquilo", reportou a agência.

 

 

Fonte: Notícias Agrícolas
Autor: Fernanda Custódio