Segunda, 10 Setembro 2018 15:52

Carne suína é destaque no Dia D Gastronomia UVV

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Alunos, professores e chefs de cozinha capixabas participaram do Dia D de Gastronomia UVV, realizado na Universidade Vila Velha, dia 03 de setembro. O público aprendeu sobre o processo de produção da carne suína, sua importância para a saúde humana e como elaborar algumas opções de pratos especiais.   

    

O evento foi promovido pela instituição de ensino em parceria com a Associação de Suinocultores do Espírito Santo (ASES) e a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

 

A médica veterinária da ASES, Carolina Covre, retratou as etapas da produção comercial de suínos, desde às chamadas granjas multiplicadoras de genética até o abate, passando pelo manejo, nutrição e sanidade dos animais.

 

"É muito importante que os profissionais da área de alimentos e consumidores saibam quais são os processos até o produto chegar ao supermercado. Dessa forma, terão mais segurança para utilizar e recomendar a proteína", ressaltou.

 

Carolina mostrou a trajetória do leitão, que depois do parto passa por vários estágios, incluindo o desmame, a creche e a fase de terminação. A médica veterinária apresentou ainda os cuidados que os profissionais têm quanto à ração e à medicação, além de reforçar o aspecto legal, como a existência de serviço de inspeção nos abatedouros.

 

"Muitas pessoas falam que os animais crescem rápido demais e que por isso são usados hormônios para estimular o crescimento, mas isso é mito. Primeiramente, porque é proibido por lei. Segundo, por que é inviável economicamente, pois a via de administração de hormônios é a injetável de uso diária, hormônio é uma substância cara e a mão de obra também", esclareceu.

 

CAROL

 

Segundo Carolina, o crescimento rápido se deu graças ao melhoramento genético, ao manejo, sanidade e à nutrição, que permitem eficiência no ganho de peso e conversão alimentar.

 

Outro ponto considerado mito é a suposta transmissão de doenças por parte do suíno. "Muitos associam a cisticercose, com o consumo da carne suína, quando na verdade quem transmite a doença é o ser humano portador da tênia que libera os ovos no ambiente, contaminando a água e as plantações. No sistema de criação comercial, não há chances do suíno se contaminar com esses ovos, e vir a transmitir a tênia para o ser humano, porque a alimentação é exclusivamente com ração e a água é tratada com cloro", reforçou.

 

 

Benefícios da carne suína à saúde humana

A nutricionista e professora universitária Thaliane Dias palestrou sobre a importância da carne suína para a saúde humana. Por meio de uma fala informativa, a profissional explorou mitos e verdades, reforçando a preferência mundial pela proteína.

 

Rica em proteínas, minerais antioxidantes, ferro, vitaminas do complexo B, a carne suína - estatisticamente a carne mais consumida no mundo - é também de baixa caloria, fonte de ferro de alta biodisponibilidade, zinco e creatina, importante para a performance de esportistas.

 

"São 60 anos de investimentos pesados em tecnificação para garantir segurança no consumo, qualidade e procedência. Somos o quarto maior produtor e o quarto maior exportador do mundo, o que significa que nossa carne suína é muito desejada lá fora", sublinhou Thaliane.

 

O melhoramento genético dos animais, bem como do manejo, da sanidade e da nutrição, permitiram a criação de animais com maior volume de carne e bem menos gordura.

 

Outro mito é de que a carne seria "remosa", isto é, um empecilho para a rápida cicatrização. Thaliane explicou que a proteína nada tem a ver com o assunto, mas que a cicatrização depende de proteínas de alto valor biológico, baixas calorias e nutrientes antioxidantes.

 

Para muitos, a carne suína é considerada de difícil preparo, mas segundo a especialista isso também configura um mito. "As pessoas consomem mais carne suína no natal, e acabam fazendo partes maiores, que demandam mais tempo", pontuou.

 

Atualmente, o brasileiro consome em média 105 kg de carne, dentre os quais apenas 15 kg correspondem à carne suína, bem abaixo da média dos países onde as pessoas vivem mais e melhor.

 

THALIANE

 

           

Oficina Gastronômica

Depois das duas palestras, o chef André Rabelo mostrou na prática como preparar carne suína pode ser fácil por meio de uma oficina gastronômica. Os pratos preparados foram: bisteca grelhada com cebola roxa caramelizada, costelinha expressa e picanha suína com manteiga e ervas.

 

COSTELA

 

Para o estudante do segundo período de Gastronomia da UVV, William Garcia Loureiro, todo o aprendizado trouxe fortes inspirações para ele e os colegas.

 

"É sempre bom conhecer novas técnicas e ideias. Alguns cortes de carne suína eu sequer conhecia. Agora quero conhecer ainda mais e estudar a fundo", afirmou.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação ASES

 

Última modificação em Segunda, 10 Setembro 2018 15:59