Terça, 19 Maio 2020 11:22

Campanha quer esclarecer benefícios da proteína animal para a saúde

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Ressaltar a importância das proteínas animais tanto no desenvolvimento da humanidade, quanto para uma dieta saudável nos tempos atuais e no futuro, é o objetivo da campanha "Proteína Animal: do passado ao futuro", lançada na última quinta-feira, pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet).

 

O vídeo institucional e as ações da campanha foram apresentados em "live" que contou com o presidente do Nucleovet, Luiz Carlos Giongo, e do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra.

 

Giongo disse que a campanha foi elaborada pela equipe do Nucleovet, que já tem 49 anos de fundação. Além disso há mais de 20 anos o núcleo realiza anualmente eventos de capacitação para cerca de 3,5 mil profissionais do setor de proteínas, com os simpósios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Bovinocultura de Leite.

 

- Queremos chamar a atenção do público e da população em geral sobre a qualidade das proteínas, a importância nutricional e como elas são essenciais para a vida, na formação muscular, óssea, na imunidade, no desenvolvimento do cérebro, para a digestão. As proteínas são essenciais para um bom funcionamento orgânico – disse Giongo.

 

Francisco Turra elogiou a iniciativa e citou muitos casos de informações equivocadas sobre as proteínas, como um senso comum de que existia hormônio no frango ou de que os ovos causavam problemas com colesterol. Ele citou que levaria o dobro do tempo de vida de um frango para hormônio na ração fazer efeito e que pesquisas comprovaram que ovos fazem bem para a saúde, inclusive sendo recomendado por atletas.

 

Esse foi um dos motivos que levou o consumo de ovos no Brasil saltar de 170 para 230 unidades per capita ano, num crescimento médio de 10% ao ano. Já o consumo de carne suína é de 15 quilos per capita/ano e, de frango, de 42,8 quilos per capita ano.

 

Durante a “live” mediada pela jornalista Eliana Panty, os convidados também abordaram o tema: “Proteína animal: tendências e campanhas para o novo consumidor”.

 

Ambos reconheceram que há cenário interno de redução de consumo, devido aos impactos da pandemia do coronavírus, mas a aposta é numa recuperação.

 

- Com as pessoas mais em casa estamos atentos a novos formatos de consumo, de produtos e também uma nova consciência de consumo. Por isso queremos levar informações científicas para que o consumidor possa tomar sua decisão – afirmou Giongo.

 

Para isso serão gerados conteúdos com a participação de médicos, nutricionistas, veterinários, agrônomos e zootecnistas.

 

O presidente da ABPA também citou que o mundo vê o Brasil como o grande produtor de alimentos e acredita no aumento das exportações. No frango a receita dos embarques nos primeiros quatro meses de 2020 foi de US$ 2,15 bilhões, apenas 0,5% a mais do que os US$ 2,14 bilhões do primeiro quadrimestre do ano passado. Nos primeiros quatro meses de 2020 as exportações de suínos atingiram US$ 650,3 milhões, 53,5% superior aos US$ 423,6 milhões do primeiro quadrimestre do ano passado. Tudo isso puxado pela demanda chinesa.

 

Turra ressaltou a boa sanidade do Brasil e acredita que a China, nossa grande compradora, não irá se recuperar em menos de cinco anos da redução de mais de 40% em seu rebanho suínos, impactado pela peste suína.

 

Ele só ressalta que não dá para ficar “dando chinelada” em nossos parceiros comerciais, como chineses e árabes. Citou também a necessidade de acordos comerciais e elogiou o trabalho da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

 

Turra também fez um alerta para autoridades sobre a importância de manter os frigoríficos funcionando mesmo durante a pandemia.

 

Ele citou o exemplo do fechamento de um frigorífico de Passo Fundo-RS e a ameaça de fechar dois frigoríficos em Santa Catarina, devido aos casos de coronavírus.

 

- Os 2,8 mil funcionários que estavam no frigorífico de Passo Fundo também correm risco fora dele. Também tivemos casos em hospitais, asilos e bancos. Desde o início nós adotamos protocolos de afastamento de funcionários de grupos de risco e medição de temperatura, entre outras. Não podemos deixar que alguém numa atitude impensada feche um frigorífico. Nos ajudem orientando, fiscalizando, pois somos um setor que não demitiu, que ainda contratou milhares de pessoas e está cumprindo um papel nessa guerra, que é o de produzir alimentos.- finalizou Turra.

 

A próxima live do Nucleovet será na próxima quinta-feira, dia 21, às 17h, com o tema “One Health”, no canal do Youtube.

 

Fonte: Avi Site