Terça, 16 Fevereiro 2016 10:55

Milho: Após feriado nos EUA, preços operam em alta na manhã desta 3ª feira em Chicago

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As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em alta no início do pregão desta terça-feira (16). Por volta das 7h54 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 3,75 e 4,25 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,63 por bushel, já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,67 por bushel.

 

O mercado voltou a trabalhar do lado positivo da tabela depois do feriado do dia anterior nos Estados Unidos, em comemoração ao Dia do Presidente. Segundo informações da agência Reuters, a fila de navios para carregar soja e milho em portos brasileiros tem crescido para o dobro do número visto há um ano devido ao excesso de chuvas, o que atrasado os carregamentos e dado suporte aos preços das commodities no mercado internacional.

 

Ainda de acordo com dados divulgados pela agência, atualmente, há cerca de 163 navios esperando para carregar soja e milho nos portos do país, com volume total de grãos próximo de 9,73 milhões de toneladas. No caso do milho, as exportações de milho somam no acumulado de fevereiro 2.952,4 milhões de toneladas, conforme levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária ficou em 369 mil toneladas. Os embarques do grão ganharam força no segundo semestre de 2015, com o impulso cambial e deram sustentação às cotações no mercado interno brasileiro.

 

Confira informações do mercado interno:

Milho: Negócios continuam lentos no mercado interno e preço fecha 2ª feira estável em R$ 43/sc em Rio Grande

 

No mercado interno brasileiro, as negociações com o milho permanecem lentas, porém, os preços seguem estáveis. Nesta segunda-feira (15), a cotação do milho no Porto de Rio Grande permaneceu em R$ 43,00 a saca. Segundo levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), apesar da evolução da colheita da safra de verão, as cotações permanecem sustentadas. Isso porque, as exportações ainda surpreenderam na primeira semana de fevereiro, mas o line-up já indica uma redução no ritmo dos embarques nos próximos dias.

 

"Com poucas negociações e vendedores capitalizados, os preços permanecem em patamares elevados, havendo pouca oscilação. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas, teve leve alta de 1,42%, fechando a R$ 42,93/saca de 60 kg na última sexta-feira (12)", informou a entidade em nota.

 

De acordo com dados reportados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), até a segunda semana de fevereiro, as exportações somaram 2.952,4 milhões de toneladas, com média diária de 369 mil toneladas. Em comparação com o mesmo período do mês anterior, a média diária representa uma alta de 65,5%, já que em janeiro a média foi de 222,9 mil toneladas.

 

Já em relação com igual período de 2015, o ganho é ainda mais expressivo e supera os 500%. Em fevereiro do ano passado, os embarques ficaram próximos de 1.104,8 milhão de toneladas, com média diária de 61,4 mil toneladas. Enquanto isso, as exportações renderam ao Brasil uma receita de US$ 486,9 milhões, com média diária de US$ 60,9 milhões.

 

Em relação à colheita, no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do cereal na primeira safra, os trabalhos nos campos já estão completos em 35% da área cultivada nesta temporada. Conforme dados da Emater/RS, serão colhidas ao redor de 4,4 milhões de toneladas do cereal na safra de verão e a produtividade já apresenta um aumento em comparação com a estimativa inicial.

 

Além da colheita, os especialistas também destacam que em áreas em que os produtores têm conseguido realizar a colheita da soja, o plantio do milho segunda safra também tem sido feito. O que traz certa tranquilidade ao mercado, depois de muitas especulações a respeito do comprometimento da janela ideal de semeadura do grão.

Mesmo assim, em Sorriso (MT), uma das principais regiões produtoras de grãos no estado, a perspectiva é que área cultivada com o milho seja mantida, ao redor de 420 mil hectares. 

 

“No entanto, o investimento em tecnologia será menor. E juntamente com a semeadura do milho fora da janela, acreditamos em um rendimento mais baixo nesta safra. Outro fator que também estamos observando é que a chuva ainda está irregular em áreas que sofreram com a falta de precipitação com a soja, o que pode gerar um prejuízo duplo para esses produtores”, ressalta o presidente do sindicato rural do município, Laércio Pedro Lenz.

 

Leilões da Conab

 

Na semana anterior, os analistas já tinham destacado que as operações anunciadas pelo Governo também contribuíram para o esfriamento dos negócios. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realiza nesta terça-feira (16) mais duas operações de venda dos estoques públicos de milho. Nos leilões serão ofertadas 150 mil toneladas do cereal, mas, no total, a entidade pretende negociar o volume de 500 mil toneladas do grão. Para amanhã, a companhia definiu os preços iniciais entre R$ 23,40 e R$ 31,20 a saca de 60 kg, entretanto, os lotes poderão ser arrematados com valores mais altos.

 

O cereal será destinado aos criadores de aves, suínos e bovinos, além de cooperativas e indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho. A Conab já realizou dois leilões de vendas dos estoques públicos de milho no início do mês. Na ocasião, foram ofertadas 148 mil toneladas e o volume comercializado ficou em 125,9 mil toneladas.

 

BM&F Bovespa

 

Nesta segunda-feira (15), as cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram o dia em campo misto. Apenas a posição março/16 fechou em ligeira alta, ao redor de 0,29%, cotado a R$ 42,14 a saca. As demais posições exibiram leves quedas entre 0,26% e 0,79%. O vencimento maio/16 era negociado a R$ 38,60 a saca.

O movimento é decorrente da oscilação cambial observada ao longo do dia. A moeda norte-americana fechou a segunda-feira a R$ 3,9963, com ganho de 0,17%. Segundo informações do site G1, o dólar passou a operar do lado positivo da tabela, com o fortalecimento do iuan tranquilizando os investidores depois do feriado do Ano Novo Lunar na China. Mas a sessão foi marcada pela baixa liquidez frente ao feriado nos Estados Unidos.

 

Bolsa de Chicago

 

Na Bolsa de Chicago (CBOT) não houve negociação nesta segunda-feira (15) devido à comemoração do feriado do Dia do Presidente. Os negócios no mercado internacional deverão ser retomados nesta terça-feira, 16 de fevereiro.

 

Fonte: Notícias Agrícolas