Quarta, 11 Novembro 2020 11:58

Insumos barram poder de compra na suinocultura

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O mercado de suínos vem em valorização constante. Em outubro o movimento de alta foi intensificado. Houve oferta limitada de animais para o abate e aumento das exportações. De setembro a outubro, o suíno vivo negociado no mercado independente se valorizou 6,6% na região do Oeste Catarinense, com média de R$ 8,69/kg, recorde real da série histórica do Cepea.

 

Os preços dos principais insumos, milho e soja, também estão em alta o que fez o produtor buscar valores mais altos para equiparar os custos. Segundo o boletim do suíno, elaborado pelo Cepea, os preços altos de milho e soja em outubro diminuíram a relação de troca. Mesmo com suíno valorizado, o produtor não conseguiu manter o poder de compra que caiu 8,8% no mês.

 

O produtor pode comprar 7,32 quilos do cereal com a venda de um quilo de animal, contra 8,02 quilos em setembro na média geral. Tomando por base somente o farelo de soja, no mercado de Campinas (SP), o produtor paulista comprou 3,65 quilos do derivado com a venda de um quilo de suíno vivo, recuo mensal de 5,9%. No Oeste Catarinense, em Chapecó (SC), foi possível ao suinocultor a compra de 7,21 quilos de milho ou de 3,58 quilos de farelo de soja, com a venda de um quilo de suíno, quantidades, respectivamente, 6,7% e 8,2% menores que as observadas em setembro.

 

Houve dificuldade de encontrar soja e por isso, em Campinas, o derivado foi cotado a R$ 2.403,05/tonelada na média de outubro, alta de 17,2% frente ao mês anterior. Em Chapecó, a valorização mensal foi ainda maior, de 20,5%, a R$ 2.428,51/tonelada.

 

Já no milho, em outubro, a saca de 60 kg chegou a ser comercializada a valores recordes reais da série histórica do Cepea, iniciada em 2004. Na região do Indicador de Campinas, o preço médio subiu 21,2% de setembro para outubro, a R$ 72,06/sc. Em Chapecó, a evolução mensal nos preços foi de 18,7%, com o cereal cotado a R$ 72,39/sc em outubro.

 

Fonte: Agrolink