Segunda, 29 Março 2021 15:48

O brasileiro nunca comeu tanta carne de frango

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Não é apenas impressão do consumidor na fila do açougue. Os preços da carne bovina e suína aumentaram significativamente ao longo de 2020 e continuam na mesma toada neste ano, aponta levantamento compilado pela XP Investimentos.

 

O preço da carcaça bovina neste mês está cotado a R$ 19,90 por quilo (kg) e a suína a R$ 9,19/kg, ante os valores de R$ 14,32/kg e R$ 8,44/kg um ano antes, respectivamente, de acordo com dados da Cepea.

 

Após conversas com integrantes da indústria avícola, a corretora afirma que os preços do frango têm ficado para trás até agora. A carne de frango se tornou uma opção mais econômica e competitiva para os consumidores.

 

“Consequentemente, ela vem ganhando participação de mercado: os brasileiros nunca teriam comido tanta carne de frango quanto em 2020, quando o consumo per capita atingiu 47kg – esperamos que, em 2021, esse recorde seja quebrado novamente”, explicam os analistas de agro Leonardo Alencar e Larissa Pérez, que assinam o relatório.

 

Mais frango na mesa do brasileiro é uma ótima notícia para a BRF (BRFS3), que já apresentou resultados mais fortes do que o esperado no quarto trimestre de 2020, segundo a XP.

“A BRF poderia capturar ainda mais valor em oportunidades de curto prazo, com destaque para as exportações de frango e, sobretudo, de suínos, uma vez que as vendas para o mercado externo seguem impulsionadas pelo câmbio desvalorizado”, comenta a dupla.

 

Outro aspecto reforça a estratégia da BRF focada em inovações, seja com base nas linhas atuais de produtos, seja com base em novas tendências, com destaque para as proteínas vegetais ou até proteína geradas em laboratório, por exemplo.

 

Logo, a XP manteve a recomendação de compra das ações da BRF, com um preço-alvo para o final de 2021 de R$ 30 por papel.

 

“Assim, enxergamos um potencial de alta de 23% em relação ao preço atual das ações (25 de março). Desde o início do ano, os papéis da BRF tem tido uma performance positiva em relação ao Ibovespa (IBOV). Na nossa visão, isso seria reflexo de um cenário cada vez mais construtivo para as empresas de proteína animal como um todo”, concluem os analistas.

 

Fonte: Money Times