A queda nas exportações e no consumo interno de carne de frango no Brasil desafiou ainda mais o setor produtivo nos primeiros meses de 2021, conforme aponta relatório do Rabobank, que traz as expectativas para o segundo trimestre do ano.
De acordo com a análise do banco, o fim do pagamento do auxílio emergencial por parte do Governo Federal em janeiro, depois de nove meses, além do recrudescimento da pandemia da Covid-19 no país enfraqueceu ainda mais o consumo e pressionou os preços da proteína avícola. No mesmo período, os custos com a alimentação das aves continuaram escalando, reduzindo a margem de lucro dos avicultores.
Em fevereiro deste ano, o preço do frango inteiro resfriado era 31% superior ao mesmo período de 2020 e do frango vivo, 38% maior; em comparação feita pelo banco, a nutrição das aves aumentou 112% na mesma época.
Segundo o relatório do banco, parte da redução da lucratividade resultante desta diferença de movimento de preço X custo de produção foi compensada pelas exportações e pelo câmbio desvalorizado. Esta pressão fez com que algumas regiões produtoras reduziram o ritmo para adaptar oferta à demanda.
Para os meses seguintes, é provável que a demanda interna se recupere, impulsionada por um novo pacote de ajuda econômica à população. No curto prazo, o aumento no ritmo da vacinação será crucial para sustentar a demanda doméstica, aponta o Rabobank.
Fonte: Notícias Agrícolas