Foto: Divulgação APA
Com o público de mais de 800 participantes, o Congresso de Produção e Comercialização de Ovos da Associação Paulista de Avicultura (APA), promovido entre os dias 14 e 16 de março, em Ribeirão Preto (SP), apresentou inovações em sua estrutura no ano em que completa 20 anos de existência.
Reunindo estudantes, acadêmicos, técnicos, profissionais e interessados no setor avícola, o evento destacou o assunto do momento, a presença do vírus da Influenza Aviária na América do Sul, com a participação de diversos especialistas que atuam em diversas áreas da avicultura nacional, como pesquisador Marcelo Paniago que se apresentou de forma on-line, diretamente da Tailândia.
“Já vi granjas inteiras tomadas pelo vírus da IA e destaco que a mortalidade que está sendo vista atualmente é maior do que nos últimos 15 anos. Há também medidas de contenção do vírus que não funcionam mais”, destacou.
Foi abordado durante todo o evento, e em especial na fala do Presidente da ABPA, Ricardo Santin, a importância do reforço das medidas de biosseguridade, destacando todo o trabalho reforçado que vem sendo feito há muitos anos pelo setor e órgãos veterinários oficiais, para manter o Brasil livre da doença.
O congresso abriu espaço em sua programação para o painel “Inspeção Sanitária em Centro de Processamento de Ovos”, mediado por Tabatha Lacerda, da ABPA, e Cristina Nagano, Presidente do Congresso de Ovos. O encontro contou com as participações Ivana Faria e Arina Lima, representantes do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura e Pecuária, que abordaram o tema que vem provocando discussões e dúvidas entre o setor avícola de postura desde a publicação da portaria nº 612. Para esclarecer todas as questões, a iniciativa propôs uma roda de perguntas e respostas sobre essa nova resolução e sua aplicabilidade.
Tabatha Lacerda (esquerda) e Cristina Nagano (direita). Foto: Divulgação APA
Presidente da APA, Erico Pozzer relembrou o caminho que a avicultura de postura percorreu até conquistar o espaço que tem hoje no mercado, bem como destacou a valorização da proteína que chega ao consumidor final.
“Atualmente uma caixa de ovos é vendida a R$ 180, mais ou menos R$ 6 a dúzia. Vocês podem ir em qualquer supermercado que vão ver a dúzia de ovos sendo vendida em média de R$ 11 a R$ 13. Isso mostra que os estabelecimentos que vendem o nosso produto para o consumidor final têm 100% de margem de lucro. Fazendo uma conta simples, uma dúzia de ovos pega cerca de 720 gramas, convertendo em frango dá mais ou menos R$ 15 o quilo do ovo, isso mostra que os ovos são mais caros que o frango inteiro, que custa em média entre R$ 10 e 11 o quilo no supermercado”, exaltou Pozzer.