Quarta, 10 Maio 2023 10:59

Ovo agora tem classificação por tamanho, mas galinha é quem decide se ele é pequeno, grande, extra ou jumbo

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Uma portaria da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e Pecuária, decidiu que a partir do dia 1º de março o ovo in casca passou a ter apenas quatro tipos de classificação: Jumbo, Extra, Grande e Pequeno. Um ovo pequeno deve ter 48 gramas. O ovo jumbo deve ter mais de 68 gramas.

 

Ou seja: está em vigor no Brasil a nova uniformização da nomenclatura dos ovos em natureza e produtos derivados não submetidos a tratamento térmico. Os ovos podem ser conservados por bastante tempo, mas em geral o prazo de validade é de aproximadamente 28 dias.

 

Mas o que significam essas quatro opções?

Bom, elas têm a ver com o preço final. Mas também querem dizer que o consumidor agora tem uma melhor condição de saber o que está comprando e o que está levando para casa, já que as granjas agora precisam classificar os seus produtos dentro de uma regra mais clara e ajustada.

 

Até meados de julho de 2022, os ovos podiam se classificados em médio, grande, jumbo, extra, pequeno e super pequeno. Isso provocava confusão, pois o cliente nem sempre sabia o tamanho exato do que estava levando para casa. Por isso, a portaria aprovou a exclusão não só do super pequeno, mas também do ovo médio. 

 

Tem mais: Além do tamanho, a classificação de um ovo também se dá por meio do ‘tipo’ do ovo. Existe tipo A e o tipo B é destinado exclusivamente para industrialização.

 

Outra coisa. A cor do ovo também passou ser considerada para fins de rotulagem. Isso é importante porque este fator está diretamente ligado à linhagem da ave, podendo ser branca, marrom, vermelha, verde e, até mesmo, em tons de azul, dependendo da galinha.

 

O que poucos consumidores sabem é que antes de chegar à gôndola do supermercado, os ovos passam por um processo de seleção, limpeza e retirada de ovos impróprios, para que os ovos cheguem ao consumidor final padronizados e seguros para consumo. Dentre essas etapas, a classificação separa os ovos por peso, que é o que vai definir seu preço na gôndola do supermercado.

 

Segundo Edival Veras, presidente do Instituto Ovos Brasil, a classificação é o processo que garante a integridade e a qualidade externa e interna de cada unidade. “É o que assegura a uniformidade no final do processo produtivo, além de uma excelente aparência, livres de sujeiras e trincas, e maior valorização no mercado”, informa.

 

A nova classificação, publicada na Portaria Nº747-2022, se deu a partir de diversas reuniões com o setor, onde foi definido que a redução de faixas de pesos ajudaria na rotulagem, melhor classificação, redução das violações quanto a ovos em faixas diferentes e maior clareza ao consumidor quanto à categoria de produto.

 

Mas é bom não esquecer. Os ovos podem ser conservados fora da geladeira, mas essa não é a forma mais recomendada, já que quando frescos, eles vão durar por um período mínimo de 7 e máximo de 10 dias.

 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) foi quem encaminhou o pedido que foi aceito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e culminou com a publicação da nova tabela.

 

Segundo Tabatha Lacerda, coordenadora técnica da ABPA e diretora do Instituto Ovos Brasil, o que se tem buscado nas revisões de atos normativos, principalmente no que se refere ao setor de ovos, é atualizar procedimentos e, neste caso específico, melhorar a relação com os consumidores, que ainda têm muitas dúvidas sobre a variedade de ovos a ser escolhido na gôndola. “Quanto mais objetiva a rotulagem, mais facilmente o consumidor entende e escolhe seu produto de preferência”.

 

O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde.

 

Nos últimos anos, o ovo venceu a injusta alcunha de vilão e se consolidou entre os alimentos mais completos e imprescindíveis disponíveis, estando presente em 97% dos lares brasileiros.

 

“Sua praticidade, versatilidade e acessibilidade o colocou entre os protagonistas no prato, não só do brasileiro como do mundo todo. Dessa forma, o setor segue aquecido e trabalhando por melhorias constantes”, finaliza Veras.

 

Ainda está tramitando na área técnica do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) outros pedidos do setor com relação às normativas de ovos que devem ser analisadas e, possivelmente, resultarão em novas orientações ao setor produtivo de ovos em breve.

 

Fonte: Jornal do Commercio