Sexta, 08 Março 2024 09:06

Mulheres avicultoras e suinocultoras do Espírito Santo: liderando com talento e determinação

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No Dia Internacional da Mulher, queremos homenagear e destacar o papel essencial das mulheres na avicultura e suinocultura do Espírito Santo. São mulheres talentosas e determinadas que trabalham e/ou lideram com maestria nos segmentos de avicultura de corte, postura comercial e suinocultura. Elas são exemplos inspiradores de força, coragem e sucesso, desafiando estereótipos e conquistando espaços de destaque em suas atividades.

 

Conversamos com três mulheres incríveis que representam a força feminina nesses setores. Elas compartilharam suas histórias de superação, conquistas e paixão pelo que fazem, mostrando que o trabalho árduo e a dedicação são fundamentais para o sucesso no agronegócio.

 

 

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Iandra Ferreira Neves é uma dessas mulheres. Começou na avicultura em 2008 através de um estágio, e logo tomou a decisão de que essa seria sua profissão. Trabalhou como gerente em granja e na área comercial, mas cultivava o sonho de ter sua própria granja. “Era um sonho um pouco ambicioso pelas minhas condições financeiras e também por esse ser um setor predominantemente masculino. Mas em 2021, o sonho se tornou realidade com a criação da granja Eggos voltada à postura comercial”, comenta Iandra.

 

Sobre os desafios, a avicultora admite que são grandes e sempre irão existir, sobretudo para as mulheres, por terem múltiplas funções e precisarem manter o equilíbrio entre trabalho e família. “Recentemente vi numa matéria que as mulheres ocupam 34% dos cargos do agronegócios brasileiro, e a cada ano esse número vem crescendo. Sou muito feliz por fazer parte disso, pois quando temos fé em Deus e desenvolvemos o conhecimento e a autoconfiança, quando enfrentamos nossos medos e crenças limitantes, os resultados chegam. Os desafios são grandes, mas quando fazemos o que amamos vale a pena viver o risco”, conclui Iandra.

 

 

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Filha de agricultores, Marciléa Schneider é mais um exemplo de mulher empreendedora e apaixonada pelo que faz. Trabalhou na roça desde nova e sua primeira experiência com a avicultura foi na “apanha” de frangos, ainda solteira. Mas teve a oportunidade de estudar, formou-se e passou a dar aulas. Ela nos conta que, depois de se casar com o avicultor Oderli Schneider, os afazeres de casa, a criação dos filhos e a necessidade de ajudar o esposo no início das atividades com avicultura foi o divisor de águas em relação ao magistério.

 

“Eu ajudava na parte burocrática com notas fiscais, GTAs, serviços bancários etc., ao mesmo tempo em que cuidava de casa e das crianças. Mas eu queria mais! Por isso fui estudar e me aperfeiçoar, sobretudo na área trabalhista. Assim, em 2002, assumi as atividades do Departamento Pessoal da granja”, relata Marciléa.

 

Nos anos seguintes, foi em busca de mais conhecimento. Cursou Ciências Contábeis e Técnico em Segurança no Trabalho, e hoje ocupa funções de liderança: Gestora de RH na Oi Frango e analista de DP na Granja Dois Irmãos. Sua experiência e conhecimento a levou a ocupar, por vários anos, a vice-presidência regional da Findes da região Sudoeste Serrana, compondo também o Conder, Conselho de Desenvolvimento Regional.

 

“Tenho orgulho de ver o agro fluindo nesse país, ver os produtos saindo, alimentando as famílias e sustentando outras tantas famílias com emprego e renda. Satisfação é representar a AVES na Comissão Técnica de Trabalho da ABPA, é representar a categoria nas reuniões de Sindicato, é gerenciar processos e pessoas e festejar o crescimento daqueles a quem você confiou cargos e responsabilidades. Orgulho é ver a família que formei trabalhando na Igreja e na avicultura. Filhos formados dedicados à avicultura. Ser mãe, profissional, cozinheira por amor, avó por graça de Deus”, conclui Marciléa.

 

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A história de Maria Alici Sobreiro é um exemplo inspirador de liderança feminina na suinocultura. Isso porque, quando começou a trabalhar na granja Sobreiro, em 2000, tudo era novo e desafiador. Aos poucos foi se aperfeiçoando junto com as mudanças que o negócio exigia. “Da gestação passamos para a inseminação artificial, onde todo o processo era feito na granja mesmo. Mudamos também para o sistema semiautomático para o fornecimento de ração”, explica Maria Alici.

 

Mas era preciso inovar para continuar no mercado. A produtora destaca que contou com o apoio das palestras e formações da ASES para adquirir mais conhecimento e experiência no trabalho. “Passamos por momentos muito difíceis, como todos os suinocultores, mas com a união e o apoio da família conseguimos superar, e aqui estou há 23 anos. Gosto muito do que faço e pretendo continuar dando o meu melhor para o crescimento de nossa empresa”, conclui a produtora.

 

Essas são apenas algumas histórias de mulheres incríveis que estão deixando sua marca na avicultura e suinocultura do Espírito Santo. Esperamos que essa matéria inspire e motive outras mulheres a seguirem seus sonhos, além de reconhecer e valorizar o trabalho essencial de todas elas nesses setores.

 

Última modificação em Sexta, 08 Março 2024 09:18