Terça, 17 Janeiro 2017 13:38

Com crise, Brasil reduz importações de carnes

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As exportações de carnes de 2016 não tiveram expansão de receitas e de volumes como em períodos anteriores. O país avançou, porém, para mercados de grande potencial e que podem garantir elevação da produção nacional.

 

Mas, assim como as exportações perderam ritmo, as importações também caíram. Pressão da moeda norte-americana e renda menor dos consumidores brasileiros inibiram as compras externas.

 

A importação brasileira caiu para 61 mil toneladas em 2016, com gastos de US$ 304 milhões. Há dois anos, o país importava 75 mil toneladas, com gastos de US$ 476 milhões, aponta a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

 

A maior abertura do mercado brasileiro é para carnes bovinas desossadas frescas, refrigeradas ou congeladas. Os principais países fornecedores são os vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai.

 

A Austrália também está na lista, com o fornecimento de fígado bovino.

 

A retração econômica provocou ainda queda na importação de carne de cordeiro. O gasto somou US$ 37 milhões -US$ 57 milhões em 2014.

 

Uruguai, Chile e Nova Zelândia estão entre os fornecedores. Já a carne suína importada pelo país vem do Chile.

 

NOVOS MERCADOS

Apesar do ritmo menor, as exportações de carnes do Brasil avançaram para países com grande potencial de consumo, como a China, que passou para as primeiras posições.

China e Hong Kong, grandes consumidores de carne suína, encostaram na Rússia, ao comprar 31% do produto vendido pelo Brasil.

 

A China assumiu também a segunda posição na lista dos principais importadores de carne de frango do Brasil. Os chineses mantêm ainda uma boa posição nas compras de carne bovina, no terceiro lugar. Hong Kong, também porta de entrada de produtos para a China, é líder.

 

Fonte: Folha de S. Paulo - Mauro Zafalon