História da Suinocultura

A atividade suinícola capixaba de caráter empresarial teve início nos anos 50 sendo que os primeiros empreendimentos localizaram-se de forma bastante distribuída no Estado, porém concentrando-se razoavelmente nos municípios de Castelo, Cachoeiro de Itapemirim e Venda Nova do Imigrante.

 

Ao longo das primeiras décadas de existência pode-se dizer que as granjas classificadas como semi-comerciais não diferiam daqueles construídas para a criação de animais a serem consumidos por famílias e que também realizavam vendas esporádicas para açougues e outros consumidores próximos (atividade comercial doméstica).

 

Esta situação de atendimento ao mercado perdurou até meados dos anos 80 quando produtores melhor estruturados passaram a perceber nichos de mercado desatendidos por grandes empreendimentos sulistas que remetiam produtos basicamente para grandes centros urbanos ou cidades com populações de maior poder aquisitivo. Como conseqüência e impulsionados por uma maior demanda por seus produtos, tais produtores investiram em instalações e técnicas que possibilitaram ganhos significativos de produtividade, especialmente no quesito peso ideal de abate em relação a um menor tempo de permanência na granja (conversão alimentar).

 

Estes ganhos proporcionaram saltos substanciais no volume de produção no decorrer dos anos 90, quando o Estado ultrapassou a marca de 11.000 matrizes alojadas (a média registrada nas últimas décadas era de 7.200 matrizes).

 

Estes números favoráveis, entretanto, começaram a mudar em face do problema do abastecimento de insumos (custos altos) verificado mais gravemente em meados dos anos 90 e também em função da introdução de subprodutos da carne de suino produzidos em outros estados, como embutidos e defumados, a preços eventualmente menores que a carne “in natura” aqui produzida. Neste momento, alguns produtores iniciaram estudos para implantação de instalações que pudessem produzir aquilo que o mercado demandava e também a preços competitivos.

 

Construção de plantas de abate foram iniciadas em Nova Venécia e outros municípios (menor porte), sendo que ao mesmo, a influência de novas normas legais de proteção ambiental entravam em vigor. Também neste período o setor suinícola brasileiro começou a sofrer com variações contínuas de posicionamentos mercadológicos externos (ora vendia-se muito bem, ora ocorriam proibições estantâneas), causando descompasso entre produção e venda.

 

Registra-se que uma vez alojado o animal deverá ser abatido em tempo devido, caso contrário passa a causar prejuízo. Assim sendo, após o produto do abate deverá ser distribuído interna ou externamente e se ocorrem alterações repentinas em relação à previsão de ao destino dos produtos, as variações de preços são imediatas.

 

Fonte: ASES