Segunda, 18 Julho 2022 14:15

Frango brasileiro amplia liderança global e reinventa significado do “voo de galinha”

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No sentido figurado do economês, falar em “voo de galinha” é remeter a um desempenho que não se sustenta. Mal decola e já está no chão novamente. Contudo, a saga da criação de galinhas no Brasil, ou da criação de frangos (como são chamados os galináceos jovens), é de fazer questionar se o ditado não mereceria, afinal, ser reformulado.

 

O voo do frango brasileiro é vertical e duradouro. Os números falam por si. Mesmo considerando que 69% das criações são destinadas ao abastecimento interno, em duas décadas as exportações das aves renderam R$ 145 bilhões. Olhando para os embarques mais recentes, em junho a exportação de frango, suínos e ovos bateu pela primeira vez a casa de US$ 1 bilhão ao mês. E o frango respondeu por 80% desse montante.

 

“Devemos continuar nesse ritmo. Nossa meta era exportar 500 mil toneladas por mês. Esse projeto tinha maturação em um prazo muito mais alongado, mas já está acontecendo agora. Neste ano a gente só não exportou 500 mil toneladas nos dois primeiros meses. Não é nada ufanista, mas as projeções são para mais crescimento”, afirma Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o segmento de aves, suínos e ovos.

 

Frango brasileiro está livre de doenças como gripe aviária

Contam para a avicultura brasileira as condições favoráveis de solo, água e clima – que se traduzem em disponibilidade de grãos para encher o papo das galinhas – como também a saúde dos planteis. Dentre os grandes produtores mundiais, o Brasil é o único que nunca registrou casos de gripe aviária e há mais de 20 anos não tem ocorrência da peste suína africana. Essas doenças assolam atualmente a Europa e a Ásia, e a gripe aviária ressurgiu há poucos meses nos Estados Unidos, depois de sete anos, exigindo o sacrifício sanitário de quase 40 milhões de frangos.

 

Por outro lado, logo após a pressão na demanda pela pandemia de Covid, veio a guerra da Ucrânia, que interrompeu o envio de grãos para alimentar milhões de frangos em outros países. O conflito abalou as próprias exportações ucranianas, de 440 mil toneladas por ano, que situavam o país na 5ª posição global.

 

“Todo esse contexto está dizendo ao Brasil: vamos precisar comprar de quem tem capacidade de aumentar a produção. A previsão é de que em cinco anos será preciso aumentar a oferta mundial de alimentos em torno de 12% a 15%, mas, do Brasil, espera-se 41%. Por aqui temos sustentabilidade e capacidade de produção”, enfatiza Santin.

 

 

Saiba mais em https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/frango-brasileiro-amplia-lideranca-global-e-reinventa-voo-de-galinha/

 

Fonte: Gazeta do Povo