A FAVESU tem sido um importante palco para a divulgação de pesquisas inovadoras nos setores de avicultura e suinocultura, oportunizando um encontro entre os pilares acadêmico, produtor e comercial.
Foram inscritos 68 trabalhos, sendo 28 no segmento Suinocultura, 16 no segmento Postura e 24 no segmento Frango. Desse total, a equipe julgadora aprovou 48 trabalhos.
Como em outras edições, os trabalhos selecionados foram expostos no Espaço Científico e os três primeiros colocados fizeram apresentação oral de suas pesquisas dentro da grade de palestras da Feira, além de receberem, cada uma, o valor de R$ 1 mil como incentivo e agradecimento.
O primeiro trabalho apresentado foi na categorias Postura Comercial. O 1º tenente da Polícia Militar do Espírito Santo, Matheus Cândido, expôs a pesquisa feita por ele em conjunto com Giane Kaminura Condi (Idaf), Jéssica Nogueira Teixeira (PMES), Luciana Caldas Zetum (Idaf) e Jankerle Neves Boeloni (Ufes). O trabalho abordou a ocorrência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Espírito Santo. Também foram apresentadas as ações de defesa sanitária animal do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) nos primeiros focos do Brasil.
”A IAAP é uma doença de extremo impacto econômico para a avicultura mundial, haja vista sua capacidade de alto disseminação e o grande percentual de mortalidade nas aves. Além disso, pode infectar outros mamíferos, incluindo os seres humanos “, destacou o profissional.
O graduando em zootecnia, Kaique Gomes, baseou seu trabalho no segmento Frango de Corte e tratou de energia metabolizável aparente de dietas suplementadas com enzimas exógenas para frangos de corte.
“O setor da avicultura de corte está em constante evolução. Por isso é tão importante que a ciência da nutrição acompanhe essas mudanças. Então, a UFV é uma grande colaboradora neste contexto, com diversos experimentos realizados no nosso setor”, enfatizou Gomes.
No segmento Suinocultura, o trabalho vencedor teve como tema Relevância da zootecnia de precisão na produção comercial de suíno. O autor, Davi Pimentel, é estudante de zootecnia e destacou a utilização da tecnologia para facilitar o manejo e monitoramento em tempo real, além de garantir o bem-estar dos animais. “Com a ajuda tecnológica, podemos aumentar a eficiência e a qualidade da produção e a zootecnia de precisão oferece o apuro de aplicativos e equipamentos específicos a um trabalho que antes era feito de forma manual”, explica Pimentel.
Para o Dr. Eustáquio Agrizzi, um dos coordenadores do Espaço Científico da FAVESU, o objetivo é integrar o meio acadêmico aos setores produtivos e estimular a aplicabilidade do conteúdo científico na prática. “Ao compartilhar esses resultados de pesquisa, a FAVESU se consolida como plataforma essencial para o desenvolvimento sustentável e competitivo dessas cadeias produtivas tão importantes para a economia nacional”, finaliza o médico-veterinário.