Terça, 28 Março 2017 13:09

Análise em amostras de carnes não aponta risco à saúde, diz ministro

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As auditorias especiais que o Ministério da Agricultura vem fazendo nos 21 estabelecimentos frigoríficos sob suspeita de irregularidades colheram 174 amostras de produtos fabricados e produziram 12 laudos técnicos, informou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Quero dizer à população que até agora, nesses 12 laudos, não há nenhum tipo de anormalidade que faça mal à saúde humana”, completou o ministro.

 

Os laudos se referem aos três primeiros frigoríficos interditados: um da BRF, em Mineiros (GO), e dois da Peccin, em Curitiba (PR) e em Jaraguá do Sul (SC).

 

Segundo Maggi, além dessas três primeiras interdições de estabelecimentos investigados na Operação Carne Fraca feitas “preventivamente”, mais três plantas foram interditadas depois, já como resultado das auditorias especiais.

 

O ministro afirmou que essas outras três unidades interditadas apresentaram “não conformidades” com as regras técnicas estabelecidas pelo ministério para a fabricação de alimentos. Ele se referia às seguintes empresas: Souza Ramos, de Colombo (PR), que produz embutidos de carnes; Laticínios SSPMA, de Sapopemba (PR); e a Farinha de Castro, de Castro (PR).

 

Como exemplo de “não conformidades”, Maggi informou que em uma das plantas foi encontrado uso de amido acima do percentual permitido na produção de salsichas. E numa das plantas de ração animal, havia produtos com data vencida.

 

O ministro ainda comemorou a decisão da China, do Egito e Chile, que anunciaram que as restrições à importação de carne brasileira vão se limitar aos 21 estabelecimentos investigados pela operação da Polícia Federal. Ele reiterou que continua em conversas com autoridades de países que compram o produto brasileiro. “Espero que as empresas e o governo brasileiros, que contribuíram para conquistar esses mercados durante décadas, voltem ao mercado agora para reconquistar esses canais”, afirmou.

 

Sem favores

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que recomendou aos 27 superintendentes federais do Ministério da Agricultura nos Estados que não deem encaminhamentos políticos para questões técnicas. E que não façam “favor a ninguém”, referindo-se a possíveis políticos que tenham feito indicações.

 

Segundo ele, 17 dos 27 superintendentes têm indicações políticas. O ministro disse reconhecer que sempre há envolvimento político em cargos da esfera pública. “Mas disse aos superintendentes hoje que eles podem ter chegado ao cargo com apoiamento político, mas o compromisso deles é com o Brasil”, afirmou.

 

Neste momento, todos os superintendentes estão reunidos com Maggi e secretários da Pasta em Brasília. O ministro deixou o encontro para falar com a imprensa sobre resultados das primeiras auditorias especiais nos 21 estabelecimentos investigados pela Operação Carne Fraca. Em seguida voltou para a reunião.

 

Um grupo de superintendentes que não são servidores do ministério chegaram a se articular para derrubar ou adiar decreto assinado no ano passado pela ex-presidente Dilma Rousseff que entrará em vigor em 10 de maio próximo. O decreto obriga que esses cargos sejam ocupados por servidores com curso superior e estágio probatório na área. Com a Carne Fraca, porém, o movimento desse grupo perdeu força.

 

Fonte: AviSite

Última modificação em Quarta, 29 Março 2017 13:51