Quarta, 28 Junho 2023 21:21

ASES realiza palestra sobre a importância do licenciamento ambiental na suinocultura

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ASES

 

 

A ASES trouxe para o debate a temática “Licenciamento ambiental na suinocultura: como regularizar a sua propriedade”, no 2º módulo do Programa Anual de Capacitação de Suinocultores (Qualificases) 2023, que foi promovido no último dia 28 de junho, na cidade de Conceição do Castelo. A palestra foi comandada pelo engenheiro agrônomo, consultor ambiental e proprietário da MP Engenharia, Luis Alberto Miranda Pacheco. 

 

Pacheco abriu sua apresentação destacando a importância da suinocultura no contexto mundial – é a carne mais consumida do mundo – e para o mercado brasileiro com mais de mais de 3 mil toneladas de carne suína são consumidas por ano. O palestrante enfatizou os cuidados ambientais necessários na atividade suinícola, com destaque para os afastamentos de curso de água e nascentes; disponibilidade de água e suas fontes; área para disposição dos dejetos; e a legislação ambiental.

 

O proprietário da MP Engenharia também reforçou a importância da verificação do tamanho das áreas e frisou os impactos e riscos ambientais na suinocultura. “O impacto ambiental causado pelo manejo inadequado nos sistemas de produção de suínos tem causado severos danos ao meio ambiente, como: poluição do ar, do solo e da flora; contaminação das águas subterrâneas e superficiais; e o aumento das concentrações de matéria orgânica e nutrientes em cursos hídricos”, apontou o consultor ambiental.

 

Durante sua explanação, Pacheco também enfatizou o consumo de água na suinocultura, o uso eficiente desse recurso natural, as características dos resíduos que são gerados na atividade, a qualidade do ar e os sistemas de tratamento de efluentes e os principais problemas encontrados nas granjas como queimadas, vazamento de dejetos e óleo, condições operacionais do sistema de tratamento, disposição inadequada de resíduos contaminados, cortes de árvores.

 

“Deixo algumas dicas de boas práticas ambientais, como: limpeza de baias e com raspagem prévia e uso de rodo, seguidos pela lavagem com jato de pressão; os resíduos sólidos devem ser retirados diariamente e encaminhados para a área de compostagem; todos os dejetos líquidos devem ser destinados ao sistema de tratamento ou fossas sépticas; não deve existir odor perceptível fora da propriedade ou quantidade excessiva de vetores junto à atividade, aos dejetos e ao sistema de tratamento de efluentes; treine seus colaboradores e ganhe na produtividade; e promova o bem-estar animal”, concluiu o palestrante.