Terça, 18 Julho 2023 10:37

Espírito Santo mantém estratégias de contingência da influenza aviária

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Reunião Comite IAAP 2

Foto: Reprodução Seag

 

Representantes dos órgãos que compõem o Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária (CGIA) estiveram reunidos, no dia 18 de julho, no Centro de Operações da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec), para mais uma etapa no processo de alinhamento do Plano de Prevenção, Preparação e Resposta da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

 

Com participação de representantes da AVES, estiveram presentes profissionais da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), da Defesa Civil, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). 

 

Além de conhecer a estrutura disponibilizada pela Cepdec, que poderá ser acionada em eventual ocorrência de IAAP em áreas de produção comercial, os participantes também alinharam as ações previstas no Plano de Contingência Estadual, que está em fase final de elaboração.

 

“É momento de prevenção e alerta. Precisamos estar vigilantes e preparados para agir de forma eficaz no enfrentamento dessa crise sanitária evitando que ela chegue às granjas comerciais. Temos que preparar os setores da agropecuária, meio ambiente e outros parceiros em relação aos procedimentos e o monitoramento de ações. Esse planejamento e integração vão ajudar a dar mais segurança nas estruturas e nos processos nos aviários do Estado”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

 

Diretor executivo da AVES, Nélio Hand enfatiza que a atuação do CGIA tem sido constante para manter todas as informações atualizadas. “Todos os representantes têm atuado com foco na transmissão de informações precisas e na execução de ações seguindo um planejamento que é diariamente monitorado e atualizado”, destaca Hand.

 

De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, a agilidade no enfrentamento das ações é fator preponderante. “O plano conduzirá para que os responsáveis sejam rapidamente acionados e já estejam cientes de suas atribuições. Hoje a IAAP está restrita às aves silvestres e temos um caso em subsistência. Estamos trabalhando para evitar ou retardar ao máximo o tempo de ingresso em áreas comerciais, mas, caso ocorra, para que as respostas sejam conferidas de modo a garantir tanto os trabalhos de saneamento do foco quanto de recuperação do setor”, destacou Monteiro.

 

O major da Defesa Civil Daniel Zandonadi explicou as etapas necessárias para as ações de preparação e resposta em casos de emergências. “É fundamental o alinhamento prévio com todas as instâncias envolvidas, de modo que estejam aptas a atuar no momento da ocorrência, além da estruturação para mitigar as ameaças e as vulnerabilidades. O Plano de Contingência com a definição dos respectivos responsáveis, análise dos cenários de risco, mapeamento dos espaços, entre outras estratégias, é fundamental para o sucesso das operações”, frisou o major Zandonadi.

 

Ações preventivas

O diretor técnico do Idaf, Janil Ferreira, informou que, dentre as ações preventivas que estão sendo realizadas, estão: vigilância na faixa costeira, no entorno de granjas registradas e de lagoas de municípios onde há plantel avícola e ainda nas áreas do entorno de focos positivos para IAAP. “Esses são locais mais sensíveis e com maior possibilidade de alastramento para a zona comercial avícola, por isso, nossa equipe técnica tem empenhado mais esforço nesses pontos”, explicou Ferreira.

 

A subgerência de Epidemiologia e Análise de Risco do Idaf também tem mapeado locais de maior vulnerabilidade, estabelecendo ações de vigilância nessas áreas e averiguando possíveis cenários de risco da ocorrência de IAAP. Segundo a subgerente Luciana Zetun, estão sendo, ainda, avaliados locais de barreiras sanitárias em caso de focos em determinadas regiões, local de enterramento de carcaças, entrepostos de ovos e estabelecimentos de abate de frango. “A fase de preparação garante que estratégias de resposta ao foco sejam melhor elaboradas e executadas de forma mais rápida”, pontuou Luciana Zetun.

 

Treinamento de responsáveis técnicos

Outra frente que vem sendo trabalhada são os treinamentos com os responsáveis técnicos de granjas comerciais. Os encontros já aconteceram com representantes de Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, Castelo, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Santa Maria de Jetibá e Linhares. O objetivo é reforçar com esses profissionais da linha de frente os cuidados necessários e o papel que desempenharão em caso de foco positivo nesses espaços.

 

O médico-veterinário do Idaf em Castelo, Tiago Assad Nakano, explica que, embora esse trabalho seja feito rotineiramente, as ações estão sendo pensadas de forma mais pormenorizada, uma vez que neste momento a doença está presente no Estado. “Os cuidados precisam ser redobrados e é importante que todos estejam conscientes da responsabilidade compartilhada para proteger a avicultura capixaba”, destacou Nakano.

 

Agentes de saúde

 

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Foto: AVES

 

A Coordenação de Sanidade Avícola do Idaf, em parceria com a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES) e com a Superintendência do Ministério da Agricultura no ES (SFA/ES), tem desenvolvido, ainda, uma ação conjunta com agentes de saúde de alguns municípios, como Domingos Martins, Marechal Floriano, Conceição do Castelo, Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Itaguaçu e Venda Nova do Imigrante. Estão previstas novas ações em Linhares na próxima semana.

 

Além das ações junto as prefeituras, as reuniões promovidas pelas duas entidades já contaram com a participação de 185 agentes de saúde de cinco municípios, que receberam orientações para levarem informações as propriedades de subsistência, reforçando a necessidade de proteger os aniamis e os espaços com telas, oferecendo alimentação e água limpa, para que não ocorra nenhum contato com aves silvestres. 

 

O coordenador do IDAF Leandro Marinho participou de reuniões com esses grupos para orientá-los sobre a influenza aviária. Eles também estão cadastrando informações de locais onde atendem e que têm criação de aves.

 

“A grande capilaridade desses profissionais tem sido de grande relevância para ampliarmos o nosso cadastro, de modo que tenhamos ciência de onde há criações que são foco da atuação do Idaf neste momento. Esse cenário permite que possamos proceder de forma muito mais eficiente nas vistorias de vigilância. Outro fator importante é que eles têm sido um canal fundamental para ampliar o alcance das informações sobre a doença e os cuidados necessário”, pontuou Marinho.

 

Com informações Assessoria de Comunicação da Seag

Última modificação em Terça, 15 Agosto 2023 11:43