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Recuando de forma contínua desde o primeiro semestre do ano passado, em julho último o Índice de Preços dos Alimentos da FAO caiu à marca dos 164,6 pontos, um dos mais baixos níveis dos últimos seis anos. Na prática, retrocedeu-se ao mesmo nível registrado em agosto de 2009, mês em que o Índice ficou em 164,5 pontos.

De acordo com a FAO, a baixa ocorrida no mês – de apenas 1,04% sobre o mês anterior, mas de 19,4% sobre julho de 2014 – resulta, sobretudo, do menor preço de lácteos e gorduras vegetais. Nestes casos a baixa foi tão incisiva que neutralizou os ganhos (pequenos) obtidos por cereais e açúcar.

Já os preços das carnes permaneceram estáveis, com variação de apenas 0,3% sobre junho último. Mas essa estabilidade – fique claro – só prevalece em relação ao mês anterior, pois, comparativamente a julho de 2014 observa-se queda de 15,44% no preço médio.

A menor perda, aqui, é da carne bovina, cujo preço em julho foi somente 3,77% menor que o de um ano atrás. “Somente”, explica-se, porque o recuo das carnes de frango e suína foi bem maior – de 14,82% e de 27,06%, respectivamente.

O preço da carne de frango, especificamente, mantém-se estável há três meses. Mas o valor apontado para julho pode sofrer correção, porquanto a própria FAO esclarece que os indicadores de preço das carnes são preliminares.

Levando em conta que, caso do frango, o preço médio é definido, sobretudo, pelas exportações do Brasil (maior parcela de participação no mercado mundial) e que em julho o preço médio do produto brasileiro sofreu redução superior a 2% é inevitável contar-se com uma futura correção para baixo.