Notícias
Carne de frango: posicionamento dos grandes exportadores mundiais em 2025
Publicado em: 25 Fev 2016

Ao lançar, na semana passada, suas projeções sobre as tendências da agropecuária norte-americana até 2025, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou também os resultados de estudos sobre as perspectivas internacionais dos principais produtos do agronegócio.
Em relação, especificamente, à importação de carne de frango, mostrou as tendências de 14 diferentes países e blocos econômicos ou regionais (vide “Quadro dos grandes importadores em 2025”).
Já no tocante às perspectivas da exportação de carne de frango, o USDA compara as tendências dos EUA com apenas outros quatro (considerados “grandes”) exportadores: União Europeia, Brasil, China e Tailândia.
Abaixo, uma síntese dos resultados divulgados, com foco em ordem inversa, ou seja, partindo do menor até o maior exportador mundial de carne de frango.
Pelos números do USDA, a China tende a manter, na exportação, a mesma estabilidade prevista para as importações. Neste caso, porém, o índice de expansão apontado para as vendas externas chinesas (+2,3% em 10 anos) significa expansão negativa, já que o previsto para os cinco maiores exportadores é um incremento médio de pouco mais de 2,5% ao ano.
A Tailândia tende a registrar o maior índice de expansão entre os cinco exportadores listados: quase 42% de expansão em uma década. Esse incremento deve ser sustentado, sobretudo, por União Europeia e Japão, mercados que reabriram suas compras ao frango in natura da Tailândia. Ainda assim, há indicações de que o maior volume exportado pela Tailândia estará concentrado na carne de frango cozida ou pós-processada, produto que, devido ao maior custo, será direcionado para mercados com maior poder aquisitivo da Ásia, Europa e Oriente Médio.
A exemplo da China, também as exportações da União Europeia terão expansão real negativa, pois o índice de incremento previsto é de 3% em 10 anos. Aliás, isto se aplica também às importações da União Europeia, porquanto o índice de aumento apontado pelo USDA (pouco mais de 12% em 10 anos) corresponde a uma expansão média pouco superior a 1% ao ano.
Para os EUA é projetado incremento próximo de 30% nas exportações de carne de frango. Mas – note-se – o USDA parte de uma base (2015) bem superior à efetivamente registrada, pois, em decorrência do episódio de Influenza Aviária na avicultura local, as vendas externas norte-americanas do ano passado recuaram, ficando limitadas a 2,866 milhões de toneladas. De toda forma, o próprio USDA destaca que crescerão significativamente no curto prazo, recuperando-se integralmente dos efeitos da IA.
Observe-se que, considerado o volume exportado em 2015 e o previsto para 2025, as exportações norte-americanas terão que crescer, na verdade, acima de 40%, índice superior ao previsto para o Brasil, cuja expansão é projetada em 37%. Isso, porém, não afeta a hegemonia das exportações brasileiras que, pelo contrário, ampliarão sua participação entre os cinco, passando a responder por quase 45% do volume exportado pelo bloco. Aliás, mais da metade do adicional de carne de frango previsto (2,683 milhões de toneladas) será de produto brasileiro.
É interessante notar, ainda, que, atingidos os valores previstos pelo USDA, os EUA fecharão o primeiro quarto do século XXI com uma expansão próxima de 85% no volume exportado (exportação de 2,231 milhões de toneladas em 2000). Já o previsto para as exportações brasileiras indica expansão de quase 490% em idêntico espaço de tempo (916 mil toneladas em 2000).
Nós respeitamos sua privacidade. Utilizamos cookies para coletar estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Saiba mais em nossa política de privacidade.
Li e Concordo