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À medida que o ano avança, vai melhorando o desempenho médio do frango no decorrer de 2015. Em junho, fechamento do primeiro semestre, o valor médio alcançado em seis meses ficou em R$2,33/kg. Um mês depois esse resultado subiu (em 7 meses) para R$2,38/kg. Agora, em vias de completarem-se os oito primeiros meses de 2015, a média obtida entre janeiro e agosto está em R$2,42/kg.

Modestos, porém, esses resultados não tem qualquer significado na renda do produtor. Porque, comparativamente à inflação crescente que vem se acumulando nos últimos 12 meses, os ganhos do frango permanecem visivelmente aquém. O IPCA permanece acima de 9%; e o valor médio do frango está apenas 3,85% acima da média alcançada um ano atrás. Pior, porém, é o resultado em dois anos, pois, para uma inflação da ordem de 16%, a “melhora” do frango foi de, somente, 2,76%.

Sob esse aspecto, aliás, só o boi em pé continua à frente da inflação. Pois seu preço médio em 2015 é pelo menos 20% superior ao registrado nos oito primeiros meses de 2014. E, em relação a idêntico período de 2013, sua valorização está mais de 30 pontos percentuais acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Em relação a 2014, a posição mais sofrível é a do produtor de suínos. Que obteve, até aqui, remuneração média nominal quase 6% menor que a dos oito primeiros meses de 2014. Uma situação que melhora um pouco quando é tomado como referência o preço médio de janeiro-agosto de 2013. Mesmo assim, os pouco mais de 13% de ganho do período se encontram aquém da inflação, superior a 16%.

Para finalizar, vale fazer referência à desvalorização do frango vivo frente ao boi e ao suíno. A perda maior, claro, se dá em relação ao boi em pé, contínua nos últimos dois anos. Assim, enquanto em 2013 o preço médio do frango equivalia a 35% do preço do boi em pé (valor da arroba convertido em quilos), no ano seguinte apresentou desvalorização de 19% e, neste ano, de quase 14%. Resultado: o frango vale agora menos de 25% do valor do boi – uma perda superior a 30% em dois anos.

Já em relação ao suíno vivo, a equivalência de preço do frango – hoje da ordem de 53% - é mais de 9% inferior à registrada na média de igual período de 2013.