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Frango, ovo, milho e inflação em janeiro de 2016
Publicado em: 10 Fev 2016

Medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas, a inflação brasileira acumulada na vigência do real “cravou” em janeiro passado quase 620 pontos (agosto/1994 = 100), o que significa variação de, aproximadamente, 520% em pouco mais de 21 anos.
Não chega a surpreender. O que surpreende, sim, é encontrar a menos de 50 pontos de distância desse índice a principal matéria-prima de frangos e ovos, o milho. Que rompeu o paralelismo de preços que vinha mantendo com o frango e, em 12 meses, acumula variação de quase 55%, contra uma inflação (IGP-DI) de 11,65% e um incremento de preços do frango de cerca de 19%.
É verdade que, sob esse aspecto, o ovo teve comportamento aparentemente melhor, pois em janeiro passado seus preços registraram evolução de 44,64% sobre janeiro de 2015. Mas é apenas aparência, visto que na vigência do real ele guarda uma distância de 288 pontos em relação ao IGP-DI e de 240 pontos em relação ao milho. O que, traduzido para uma linguagem de troca entre os dois produtos, significa que o poder de compra de uma caixa de ovos, que era de 2,5 sacas de milho em 1994, está reduzido agora para 1,5 saca, 42% menos.
Com o frango a perda em relação a 1994 apresenta índice de redução menor. O problema é que essa redução está concentrada nos últimos meses. Sete meses atrás, por exemplo, o poder de compra do frango para o milho era 62% superior ao registrado em janeiro passado.
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