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No IPCA de outubro, frango lidera alta dos alimentos; mas...
Publicado em: 09 Nov 2015

Definitivamente, não foram os alimentos os principais responsáveis pela alta inflação de outubro de 2015 – no mês, 0,82%, o mais elevado índice para um outubro desde 2002. Mesmo assim o IBGE publicou relação contendo 32 alimentos cujos preços sofreram acréscimo no mês, contribuindo para a elevação do índice.
Liderando a lista, o frango inteiro, cujo preço aumentou cerca de 6% de setembro para outubro. E, na 17ª posição, o frango em pedaços, com custo 1,34% superior. Já o ovo não entrou no rol, pois seu preço recuou 1,17% no mês.
Porém, a “extrapolação” do frango inteiro está restrita, pelo menos até aqui, ao mês de outubro. Porque, no ano e em 12 meses, ele continua com uma evolução de preços aquém da inflação. Situação, aliás, que se repete com o frango em pedaços (um terço da inflação do período) e, parcialmente, com o ovo.
Conforme o IBGE, o ovo apresentou no ano (janeiro/outubro) evolução de 12,40%, superando, portanto, o IPCA acumulado no ano (8,52%, o mais elevado para o período desde 1996). O que não está dito, porém, é que o produto chegou ao final de 2014 com um preço baixíssimo e inferior, por exemplo, aos registrados tanto no final de 2012 como no de 2013. Daí o índice elevado neste ano, já que houve recuperação (parcial) das perdas anteriores. Ainda assim, em 12 meses a evolução de preços do ovo (6,52%) permanece bem aquém da inflação.
À guisa de comparação, a tabela abaixo inclui, além dos produtos da avicultura, as carnes – item que inclui todas as carnes vermelhas, inclusive a suína. Ao contrário de frango e ovos, elas superam a inflação no ano e se encontram substancialmente acima do IPCA nos últimos 12 meses.
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