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Pintos de corte: um quinquênio de estabilidade no volume produzido
Publicado em: 06 Ago 2015

Englobados num só, os gráficos abaixo mostram dois momentos distintos da produção brasileira de pintos de corte.
O mais antigo engloba os 60 meses (cinco anos) decorridos entre julho de 2000 e junho de 2005. O mais recente abarca os mesmos 60 meses dez anos depois, ou seja, entre julho de 2010 e junho de 2015. Nos gráficos, a produção é avaliada sob o prisma do volume diário, índice obtido dividindo-se o volume nominal mensal pelo número de dias do mês.
À primeira análise, dois fatos ressaltam: a duplicação da produção no início da presente década em relação à década mais antiga. E a quase total estabilização da produção nos últimos cinco anos, algo não observado entre 2000 e 2005.
Realmente, considerada a média diária mensal registrada nos últimos 60 meses, observa-se que o volume mínimo registrado no período ficou 5,7% abaixo da média, enquanto a produção máxima superou em 8,9% o índice médio. Uma amplitude, portanto, de 14,6% entre produção mínima e máxima.
Já nos mesmos 60 meses decorridos entre julho de 2000 e junho de 2005 os resultados são muito diferentes. Pois, em relação à média, o volume mínimo foi 18,9% inferior, enquanto o máximo foi 21,7% superior. Uma amplitude, pois, de 40,5%.
Ou, dito de outra forma, o incremento ponta a ponta mais recente não passa dos 8%. Nos primeiros dos anos 2000 superou os 40%.
Naturalmente, a estabilidade mais recente não significa estagnação na produção de carne de frango ou no consumo do produto. A produtividade das linhagens em criação aumenta de ano para ano. E os métodos de criação se aprimoram continuamente. Assim, mais carne é produzida com o mesmo volume de material genético.
Nas circunstâncias de mercado presentes – em que a explosão das exportações solicita volume extra de pintos de corte – é possível que a capacidade instalada seja insuficiente para atender a demanda imediata. Mas, não custar lembrar, o simples alongamento de vida das reprodutoras possibilita minimizar os eventuais déficits.
Mas, acima de tudo, o que não deve ser esquecido é que, embora sem data definida, a presente demanda extra será superada (senão totalmente) em algum momento futuro. Então, tudo voltará a ser como antes, ou seja, ao mesmo quadro dos últimos cinco anos. Que esse quadro não seja perdido de vista.
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