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09 Nov

Segmentos entram com liminares para antecipar a greve de caminhoneiros

Publicado em: 09 Nov 2015

Segmentos entram com liminares para antecipar a greve de caminhoneiros
Fonte: Zero Hora

Segmentos que dependem das rodovias para receber matéria-prima e escoar a produção resolveram se antecipar ao movimento de paralisação dos caminhoneiros.

Para garantir a passagem de cargas em um período importante de vendas do ano, estão com os departamentos jurídicos de prontidão para buscar liminares de desbloqueio das vias, se necessário. – Na greve de fevereiro, buscamos medidas para liberar as estradas. Há ainda liminares que poderão ser utilizadas – afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS). A antecipação é proporcional à preocupação com o fluxo da carga, altamente perecível.

Depois de recolhido, o leite precisa chegar para processamento em prazo máximo de 24 horas. Na paralisação de fevereiro, além de dificuldades para receber a matéria-prima, os laticínios tiveram problemas de distribuição de embalagens e até de fornecimento de lenha. – O leite que não chega não vai mais chegar. E produto perdido, é faturamento que não se tem. É preciso lembrar que, por trás disso tudo, existem cerca de 100 mil produtores – pondera o dirigente.

Para a indústria de proteína animal, o período é especialmente sensível: é quando é feito, sem paradas, o abastecimento do varejo com as aves natalinas. O crescimento em volume de vendas nesta época do ano costuma ser de 20% a 30%. – A hora de greve não é essa. É justamente quando aumentamos o fluxo comercial, o que dá uma oxigenada para atravessarmos o período de férias – avalia José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).

A entidade, ao lado de Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos e Derivado (Sips), Sindilat-RS e sindicato de carnes de SC e PR, formou um grupo anticrise para tratar do assunto.

Hoje, quando deve ser o primeiro dia de paralisação, será feita uma avaliação. Se preciso, o grupo está disposto a adotar medidas de abrangência nacional. Igualmente preocupante é a distribuição de milho para ração. A falta do alimento coloca em risco a imunidade e a saúde dos animais. O governo estadual já foi solicitado a “colocar as forças competentes para desobstruir as estradas”, acrescenta Santos.

 

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