Se, considerado apenas o produto in natura, os embarques de carne de frango de dezembro de 2015 registraram o terceiro maior volume mensal da história das exportações, adicionados a eles os industrializados de frango e a carne de frango salgada teve-se o segundo maior volume mensal da história – 392.701 toneladas, volume superado apenas pelas 440.476 toneladas do mês de julho.

Isso aconteceu porque em julho, época de encerramento dos contratos anuais de fornecimento da carne de frango salgada, as exportações do produto não chegaram a 7 mil toneladas, recuando quase 60% em relação ao mês anterior. Já em dezembro, contratos reafirmados, foram embarcadas 14,9 mil toneladas de carne salgada – desempenho que permitiu elevar as exportações do mês ao segundo melhor resultado dos 41 anos de vendas externas da carne de frango brasileira.

Com tal resultado, o índice de expansão das exportações ficou bem além do que era projetado até o final de 2015, pois o incremento anual foi de 5,76%, resultado decorrente do embarque de pouco mais de 4,225 milhões de toneladas, novo recorde histórico do setor. Aliás, quase 50% a mais que o exportado dez anos antes (2,846 milhões de toneladas em 2005).

Até quase a metade do ano ninguém acreditava que houvesse aumento do volume exportado no ano – ainda que fosse clara a percepção de existência de uma brecha de mercado surgida com a ocorrência de grandes surtos de Influenza Aviária na avicultura norte-americana.

Ao fecharem-se as exportações de maio, por exemplo, o volume acumulado em cinco meses apresentava redução de quase 3% em relação ao mesmo período de 2014. Até então, em apenas dois meses (fevereiro e março) registrou-se volume superior ao de idêntico período anterior.

Isso começou a mudar a partir de junho, mês em que os embarques registraram recorde histórico, fazendo com que – pela primeira vez em quase três anos – o volume acumulado em 12 meses voltasse a superar a casa dos 4 milhões de toneladas (a última vez em que isso aconteceu foi em julho de 2012, ocasião em que o acumulado em 12 meses chegou aos 4,003 milhões de toneladas).

Em junho de 2015 o acumulado em 12 meses chegou aos 4,045 milhões e, nos seis meses seguintes, só não aumentou em outubro porque os embarques foram prejudicados por uma combinação de movimentos trabalhistas internos e paralisação de portos devido às chuvas. Com isso, a expansão do primeiro semestre, limitada a 2,6%, subiu no segundo semestre para 8,6%, garantindo incremento anual de 5,76%

Fonte: AviSite