Apesar da boa recuperação nos últimos dois meses, o frango vivo permanece distante da inflação que se acumulou no País desde a implantação do atual padrão monetário brasileiro, o real.

Aqui calculada pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas, a inflação do real fechou julho passado acumulando variação de 479,29%, enquanto o frango vivo ficou 137,62 pontos percentuais abaixo, com variação de 341,67%. O que quer dizer, note-se, que em julho de 2015 obteve o mesmo preço médio de setembro do ano passado, mas continuou aquém dos valores alcançados nos dois meses seguintes, outubro e novembro.

O ovo, claro, permanece – como sempre – muito mais distante da inflação. Mais exatamente, 270,99 pontos percentuais aquém. Em relação a agosto de 1994 apresentou, em julho último, variação de 208%, o que significa que foi comercializado no mês por valor médio equivalente a pouco mais da metade do índice inflacionário.

Sob esse aspecto, aliás, o ovo perde não apenas da inflação, mas também do milho que, na vigência do real, acumula variação de 265,80%.

A ressaltar que, na tabela inferior abaixo, a variação em 12 meses apenas compara os preços registrados em julho de 2015 com aqueles vigentes um ano antes, em julho de 2014. Pois, se comparado o valor médio dos últimos 12 meses com os de idêntico período anterior, a variação do frango vivo é de apenas 0,23%, enquanto ovo e milho registram evolução negativa de preços. Com queda de, respectivamente, 6,39% e 3,43%.

Quer dizer: também sob esse aspecto (variação acumulada em 12 meses) os três produtos caminham bem aquém da inflação.

Fonte: AviSite