A despeito da indagação, não há a menor dúvida quanto à maior valorização dos cortes de frango. Porque, em essência, atendem necessidades específicas dos importadores, o que lhes agrega valor adicional ao obtido pelo frango inteiro.
Reforça essa afirmação a evolução do preço médio dos dois itens nos 120 meses (10 anos) decorridos entre janeiro de 2005 e dezembro de 2014. Nesse período, os cortes de frango alcançaram preço médio 18% superior ao da ave inteira, chegando a registrar máximas de 39% e mínimas de cerca de 3%.
Mas isso mudou em 2015, por conta de ganhos de preço do frango inteiro enquanto os cortes continuaram em inexorável baixa. E a partir de maio – surpresa! – o preço médio do frango inteiro torna-se superior ao dos cortes.
É verdade que o período de valorização da ave inteira teve curta duração – apenas seis meses. Tanto que, no segundo semestre, a curva de preços dos dois itens (em queda contínua) é, praticamente, paralela. Mas enquanto os cortes fecharam janeiro de 2016 com uma desvalorização de 25% em relação a janeiro de 2015, a do frango inteiro não chegou a 9%. Isto depois de julho ter sido encerrado com um ganho de 20% sobre janeiro.
Em resumo: enquanto na década 2005/2014 os cortes registraram preço médio no mínimo 2,83% superior e, em média, 18% superior ao da ave inteira, entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016 o valor médio ficou negativo em 0,33% e o menor preço chegou a ser cerca de 10% menor que o do frango inteiro.
Em janeiro de 2016 os dois preços voltam a se reencontrar. Mas, ao registrar no mês preço médio de US$ 1.352,73/t, o frango inteiro permanece com um adicional de US$4,12/t em relação aos cortes.
Fonte: AviSite