Segunda, 22 Fevereiro 2016 08:40

Carne de frango: o quadro dos grandes importadores em 2025

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O gráfico a seguir – do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) – retrata a evolução do quadro de grandes importadores mundiais de carne de frango no último quarto de século (1990/2015) e, ao mesmo tempo, projeta suas tendências para estes próximos 10 anos (2016/2025).

 

 

Constatação principal: os grandes importadores atuais podem não ser tão grandes ao final do período analisado. Casos, sobretudo, da Rússia e da China, a primeira tendendo a importações cada vez menores e a China praticamente mantendo os mesmos níveis atuais.

Mas veja-se o que mostra o USDA a respeito desse conjunto de importadores:

Tomando como base os resultados (preliminares) de 2015, as compras externas de carne de frango pelos grandes importadores devem aumentar cerca de 2,5 milhões de toneladas (+30%), o que significa que em 2025 superarão ligeiramente os 11 milhões de toneladas anuais.

De maneira geral, as importações crescerão de forma expressiva em boa parte do mundo. As maiores expansões devem ser registradas pelo México e pela Arábia Saudita. Na contramão, as importações da Rússia recuarão, enquanto Japão e Canadá terão crescimento mínimo.

No caso russo, as importações vêm recuando desde o final da década passada graças ao estímulo à produção interna. Caíram ainda mais em 2014, a partir do momento em que, numa retaliação de caráter político, o governo da Rússia embargou a carne de frango de diversos países, inclusive dos EUA. Isso se intensificou em 2015 e deve prosseguir pelos próximos anos. Porém, não só porque há estímulos à produção interna, mas também porque o fraco desempenho da economia russa tende a desacelerar o consumo per capita de alimentos.

Para o USDA, o grande destaque em termos continentais recai sobre a África ou, mais exatamente, no bloco de países do Norte africano, da África Subsaariana e da Comunidade do Oeste Africano. Em conjunto, eles absorverão mais de 35% do volume adicional previsto. Outro destaque são os países do Oriente Médio. Aí inclusa a Arábia Saudita, responderão por cerca de 30% da expansão ora projetada.

Quanto à China, outrora celebrada como o mercado de maior potencial importador para a carne de frango, o USDA estima que o possível aumento do consumo per capita será atendido primordialmente pela produção interna, as importações atendendo a não mais que 2% do consumo previsto.

 

 

Fonte: AviSite