Os produtores de rações e de produção pecuária vem enfrentando valores altos nas produções de milho e soja, que representam cerca de 70% dos ingredientes para alimentação animal. Esse aumento no valor está impactando diretamente na produção da cadeia agroalimentar que também se utiliza desses grãos, como a produção de leite dentre outros derivados, o que pode gerar uma possível escassez e aumento de tais produtos na mesa do consumidor.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará (Sindialimentos), André Siqueira, tratou sobre o tema com o secretário especial substituto da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Bruno Portela, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, em reunião na instituição na última sexta-feira (06).

O presidente do Sindialimentos destacou que os pequenos e médios produtores do Ceará têm sofrido um grave quadro relacionado ao abastecimento de insumos, especialmente frente aos grandes volumes que vêm sendo exportados, alavancados pelos valores expressivos do mercado internacional. “Esses fatores vêm propiciando a prática de especulação e retenção de produto por parte de tradings e produtores internos, que estão na expectativa de valores ainda maiores. A especulação e retenção de produto estão levando o setor de consumo a uma vertente negativa, ao ponto de haver temor de falta de produto suficiente para consumo”, ressalta André Siqueira.

Apoio
Conforme estimativas da Associação Brasileira de Produção Animal (ABPA), no caso do milho, o produto destinado à exportação apresenta um custo aproximado 16% menor do que o colocado no mercado interno.

Fonte: O Estado CE