Exceto pela entrada de Cingapura na nona posição (substituindo a Coreia do Sul, oitavo lugar no primeiro bimestre de 2015), o quadro de principais importadores da carne de frango brasileira permanece inalterado.

O que sofreu alteração, sim, foi o nível de compra desses importadores, 60% deles registrando incremento de volume superior à média geral. Assim, para um aumento de 10,25% no volume global exportado no bimestre, o grupo dos 10 apresenta expansão média de 14,17%, vários deles apresentando expansão bem acima da média – casos, por exemplo, da China e do Kuwait, com 33% de incremento.

Na realidade, apenas três entre os 10 importadores líderes reduziram seus volumes no bimestre: Hong Kong, África do Sul e Reino Unido. A queda de Hong Kong não merece maior atenção, pois totalmente neutralizada e superada pelos embarques direcionados à China.

O mesmo, porém, não pode ser dito em relação à África do Sul, cujo volume manteve-se praticamente estável (-0,03%), mas cuja receita caiu 40%. É que, em 2016, o governo sul-africano reabriu seu mercado à carne de frango (e a outros produtos de origem animal) dos EUA, inclusive com cotas predeterminadas. E isso pode afetar as vendas para aquele que, no ano passado, foi o sexto principal destino da carne de frango brasileira.

Preocupação idêntica – mas por outro motivo – aplica-se a Cuba e à Coreia do Sul, países que em 2015 ocuparam, no ranking dos principais importadores do Brasil, a décima e décima primeira posições, respectivamente. Ora ausentes desse ranking, no bimestre inicial de 2016 os dois países reduziram suas compras em, também respectivamente, 14% e 55% - procedimento que, tudo indica, está relacionado à retomada de importações dos EUA, uma vez superado o episódio local de Influenza Aviária.

Fonte: AviSite