O forte aumento das exportações brasileiras de carne suína registrado em julho reverteu a redução de volume vendido que os frigoríficos exportadores acumularam no primeiro semestre, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Conforme a entidade, as exportações totais de carne suína do Brasil (incluindo produtos in natura e industrializados) somaram 290,7 mil toneladas, alta de 20%. Entre janeiro e junho, os embarque acumulavam queda de 5,3%, a 228,4 mil toneladas.

Também houve reversão da receita obtida com a exportações. Segundo a ABPA, as vendas totais de carne suína para o exterior renderam US$ 771,1 milhões nos primeiro sete meses do ano, ligeiro aumento de 0,5%. Entre janeiro e junho, porém, havia queda de 21,8%, a US$ 552,2 milhões.

“O forte desempenho do setor em julho aponta para um semestre com bom ritmo, com expectativa de saldo positivo para 2015. Com isto, fortalecemos o setor no mercado externo e equilibramos a oferta interna de produtos”, disse o presidente-executivo da ABPA, o ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, em nota.

Nos primeiros sete meses do ano, a Rússia foi o principal cliente do Brasil, com 45,9% do volume total exportado. Em seguida, vem Hong Kong, com 21,7%. Terceiro no ranking dos principais clientes dois frigoríficos de carne suína do país, Angola respondeu por 7,2%.

Fonte: Valor Econômico