Segunda, 01 Agosto 2016 09:19

Desempenho do ovo em julho e nos sete primeiros meses de 2016

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Embora julho seja mês de férias – o que faz com que o mercado fique privado de um consumidor de peso, a merenda escolar – o ovo apresentou, na prática, o mesmo comportamento do mês anterior, ou seja, com altas na primeira quinzena e retrocessos na segunda metade do período.

 

O interessante, porém, é que teve desempenho oposto ao sinalizado, por exemplo, pela sua curva sazonal de preços. Pois, por ela, o valor alcançado no mês de julho fica, em média, cerca de 2,5% abaixo do que foi registrado no mês anterior. E, desta vez, o preço médio de julho foi quase 2% superior ao de junho passado.

 

Isso, naturalmente, é resultado de uma melhor adequação entre oferta e demanda – atitude essencial em momentos de explosão de custos, como o atual. E, neste caso, a adequação foi tão perfeita que possibilitou ao ovo alcançar em julho a melhor cotação nominal de preços do ano, fato, senão inédito, bastante raro no setor (nos últimos 15 anos – aliás, os 15 primeiros do século XXI – os picos de preço do ovo ocorreram no primeiro semestre, concentrando-se no período de Quaresma; em apenas quatro ocasiões o pico ocorreu no segundo semestre, mas sempre no mês de dezembro).

 

Com tal desempenho – que, por sinal, vem se repetindo nos últimos três meses – não é surpresa o ovo ter alcançado no mês de julho um valor médio de comercialização 46% superior ao do mesmo mês do ano passado. Já o valor médio alcançado nos sete primeiros meses do ano ficou quase um terço (32,60%) acima do que foi registrado no mesmo período de 2015.

 

O resultado, claro, é excepcional. Mas só na aparência. Porque, dependendo do grau de eficiência do produtor, o aumento dos custos de produção pode ter absorvido todo o ganho observado.

 

 

Fonte: AviSite