Em junho passado, pela primeira vez em mais de um ano e meio, a produção brasileira de pintos de corte registrou volume inferior ao do mesmo mês do ano anterior.

Foi, porém, uma redução pequena, de apenas 0,19%. Ou seja: o total mensal produzido no fechamento do semestre recuou de 552 milhões de cabeças para pouco mais de 551 milhões de cabeças – 1 milhão de pintos a menos.

Em função desse resultado, o primeiro semestre de 2016 foi encerrado com um volume nominal 3,81% superior ao de idêntico período de 2015, índice que cai para 3,24% sob o aspecto da produção diária (2016 é ano bissexto, tem um dia a mais).

Resultados muito similares são observados na produção dos últimos 12 meses: nominalmente, ela aumentou 3,95%, enquanto em termos reais (isto é, pela média diária) registrou expansão de 3,67%.

Levando em conta que nos primeiros cinco anos desta década o volume produzido no segundo semestre de cada exercício ficou, em média, pouco mais de 3% acima do registrado na primeira metade do ano, a produção dos últimos seis meses de 2016 deveria situar-se em torno dos 3,4 bilhões de pintos de corte (média de 566 milhões de cabeças mensais) e a produção anual em torno dos 6,7 bilhões de cabeças – mais ou menos 3,2% a mais que o produzido em 2015.

Mas, diante das dificuldades que o setor vem enfrentando com a disponibilidade e o custo do milho, essa possibilidade parece estar descartada. Repetir, pelo menos, a média do primeiro semestre – perto de 550 milhões de pintos de corte mensais – já é um grande desafio.

Fonte: AviSite