Quarta, 07 Dezembro 2016 09:15

Apex escolhe o agronegócio para promoção do Brasil no exterior em 2017

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A Apex-Brasil elegeu o agronegócio como setor prioritário para promover as exportações brasileiras no próximo ano e, para isso, apostará na abertura de mercados aos produtos agrícolas e na melhora da imagem do segmento ao redor do mundo.

 

Os esforços para a ampliação de mercados deve ser direcionada sobretudo à Ásia, que já responde por cerca de 50% das exportações do agronegócio brasileiro, segundo a entidade.

 

Conforme o embaixador Roberto Jaguaribe, presidente da Apex-Brasil, a China será o foco das ações da agência, por ser o maior mercado importador de produtos agrícolas do mundo e por “todas as relações com o país passam pelo âmbito oficial”.

 

Jaguaribe ressaltou, porém, que há uma “tendência protecionista” crescendo no mundo que deve representar um desafio para essa abertura de mercados, e que há alguns segmentos em específico mais afetados por barreiras, como o açúcar.

 

A agência também pretende promover a imagem de sustentabilidade do agronegócio brasileiro, principalmente na Europa, considerada uma “formuladora de imagem” do setor. “Apesar de imagem nada boa nesse particular fora do Brasil e muitas vezes dentro, o país tem no segmento de produtores a maior sustentabilidade de produção agrícola do mundo”, argumentou Jaguaribe.

 

O embaixador salientou que o maior potencial de crescimento das exportações do agronegócio brasileiro está nos segmento de grãos e proteínas, mas observou que a agência atuará com todos os segmentos agropecuários do país.

 

Para Jaguaribe, a expansão das exportações brasileiras depende não apenas dos esforços de promoção da Apex, mas da competitividade da produção do país. Para ele, isso passa pela atração de investimentos em infraestrutura no país para reduzir os custos de produção, uma vez que “o agronegócio é o setor mais afetado pela deficiência em infraestrutura”.

 

A agregação de valor na produção do agronegócio também é um ponto de atenção da agência, que buscará promover as marcas de produtos agropecuários. Jaguaribe citou como exemplo a promoção das exportações de cafés especiais feita pela agência, que desde o início do ano até outubro já superaram as do mesmo período do ano passado em 146,9%, para US$ 1,159 bilhão. “O Brasil não pode se contentar em ficar exportando produtos sem valor agregado”, defendeu o presidente da Apex.

 

Fonte: Valor Econômico - Camila Souza Ramos