Os casos de Influenza Aviária não param de crescer na Europa. Apenas na semana passada, Itália, Espanha, Eslovênia, Eslováquia e Ucrânia relataram novos focos à Organização Mundial e Saúde Animal (OIE).
A rápida propagação da doença já levou ao sacrifício de milhares de aves em países de peso para a avicultura mundial como a França, que lidera a produção de carne de frango na União Europeia.
O continente europeu não é o único afetado. Na Ásia, China, Hong Kong, Coreia do Sul e Japão também confirmaram focos de cepas do vírus. No América, também há casos. Na última quarta-feira, a OIE informou que os Estados Unidos relataram a ocorrência do vírus em um pato selvagem na província de Fergus, no Estado de Montana, perto da fronteira com o Canadá.
Na América do Sul, até agora apenas o Chile reportou casos. Na semana retrasada, o país confirmou à OIE a ocorrência de IA em uma granja de perus na região central de Valparaíso.
Por ora, o Brasil permanece imune - o país nunca registrou caso -, o que pode estimular as exportações de carne de frango do país, segundo analistas. Recentemente, o vice-presidente de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou que o Japão, país afetado pela doença, já vem indicando maior demanda pelo produto brasileiro.
Com o intuito de tentar prevenir a IA, os associados da ABPA anunciaram na semana passada a proibição de visitas às granjas, inclusive de brasileiros. Até então, apenas visitantes vindos de países afetados pelos vírus eram vetados.
Fonte: Valor Econômico - Luiz Henrique Mendes