Segunda, 31 Agosto 2015 13:09

2016: tendências da carne de frango em três dos cinco BRICS

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O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) acaba de divulgar suas primeiras projeções acerca das tendências da carne de frango do próximo exercício (2016) em três dos cinco BRICS, a saber, Brasil, Rússia e China.

Faltam, portanto, Índia e África do Sul, o que não invalida rápida análise dos “BRC” já que estes, entre os cinco grandes emergentes, são os principais “players” da carne de frango – seja em termos de produção, de consumo ou, ainda, de comércio internacional.

Na produção, a maior expansão deve ficar com a Rússia. Incremento de 9% neste ano e de outros 3% em 2016. O que irá implicar em aumento de 12% no biênio 2014-2016. Para a China é previsto crescimento próximo de zero em 2015 e de não mais que 1% no ano que vem. Estabilidade, portanto. Já a produção brasileira tende em 2016 ao mesmo índice de expansão de 2015 - +3%. Ou 6% no biênio. A ressaltar, aqui, que - pelas projeções do USDA - em 2015 o Brasil passa à frente da China, tendendo a manter a posição de segundo maior produtor mundial também em 2016.

Na importação, a participação do Brasil é nula. Mas o País tem os outros dois países como grandes clientes. E, neste caso, as perspectivas são desfavoráveis às vendas externas brasileiras porque, tanto em 2015 como em 2016, Rússia e China devem reduzir suas importações. É, pelo menos, o que prevê o USDA neste momento.

De toda forma, se efetivamente ocorrerem, tais reduções não devem afetar as exportações brasileiras de carne de frango. Pelo contrário, elas tendem a um crescimento da ordem de 5% tanto em 2015 como em 2016, o que implica em uma expansão próxima de 10,5% no biênio.

Notar, neste caso, que as projeções do USDA levam em conta apenas as exportações de carne de frango in natura e, ainda assim, excluem as patas de frango. Isso considerado e aplicando-se às exportações globais brasileiras de 2014 (3,995 milhões/t, segundo a SECEX/MDIC) o índice de expansão apontado pelo USDA, chega-se a, aproximadamente, 4,2 milhões de toneladas em 2015 e a cerca de 4,4 milhões de toneladas em 2016.

Por fim, no tocante à absorção interna da carne de frango, os números do USDA indicam que somente o Brasil tende a registrar evolução real do consumo no biênio 2015-2016 (expansão de pouco mais de 2% ao ano ou quase 5% no biênio). Para a Rússia o previsto é uma expansão de 2% em 2015 e negativa (quase 1% a menos) em 2016. A China, por sua vez, tende uma expansão negativa (mas próxima de “zero”) em 2015 e a um crescimento inferior a 1% no ano que vem.

 

 

Fonte: AviSite