Terça, 01 Setembro 2015 10:45

Desempenho do ovo em agosto de 2015

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Em agosto, pelo terceiro mês consecutivo, o ovo operou com valorização em relação ao mês anterior e, com isso, alcançou o melhor valor dos últimos cinco meses. Aliás, nos últimos treze meses (agosto de 2014 a agosto de 2015) só perde para as cotações registradas em março e abril, período de Quaresma. Mais: considerando-se que, em relação a agosto do ano passado, o produto registrou ganho de 15%, só se pode concluir que os resultados deste ano foram positivos.

Os valores médios, entretanto, não refletem as efetivas condições do setor, que encerrou o mês obtendo remuneração menor que a alcançada no início do período. E não era isso que se esperava quando o mês começou, pois, reiniciando-se o ano letivo, voltava-se a contar com o consumo da merenda escolar e da população que retornava das férias.

Porém, agosto não correspondeu integralmente às expectativas nele depositadas. Pois além de ser encerrado com preços cerca de 7% menores que os registrados nos primeiros dias do mês, também alcançou um pico de preços inferior aos registrados nos dois meses anteriores. Sinal de que a capacidade aquisitiva do consumidor está se exaurindo – ainda que a acessibilidade do ovo entre os alimentos de origem animal permaneça altíssima.

“Final de mês” é, obviamente, a explicação natural para o baixo preço de fechamento do período. A questão é que agosto foi encerrado com as menores cotações dos últimos 60 dias (isto é, do segundo semestre). Assim, completou o oitavo mês do ano valendo tanto quanto o alcançado, por exemplo, na segunda quinzena de janeiro de 2015. Ou, retrocedendo um pouco mais no tempo, o que valia três anos atrás, na maior parte de agosto de 2012. E, de lá para cá, a inflação acumulada não anda distante dos 25%. Ou seja: o produtor continua perdendo. E não é pouco.

O fato é que, depois de encerrar o primeiro trimestre do ano com um valor médio mais de 5% superior ao do mesmo trimestre de 2014, o ovo viu esse índice se deteriorar e se tornar negativo. Entre maio e junho, quando foram registrados os menores preços de 2015 (excetuando-se, aqui, a baixíssima remuneração do início do ano, considerada normal), o preço médio alcançado era quase 5% inferior ao de um ano atrás.

Embora pequena, a valorização obtida em agosto passado possibilitou “zerar o déficit” que vinha sendo registrado. Mas não em termos reais, porque o preço médio dos oito primeiros meses de 2015 superou em apenas 0,3% o que foi alcançado no mesmo período de 2014. Mas, infelizmente, permanece 6% aquém da média observada nos primeiros oito meses de 2013.

 

 

Fonte: AviSite