Relativos a julho passado, os dados mais recentes da Coordenação Geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura mostram que, considerado o Valor Bruto da Produção (VBP) de bovinos, suínos e frangos, apenas estes últimos tendem a apresentar, em 2015, variação positiva em relação ao VBP registrado em 2000.

Neste caso, o ganho do frango em 15 anos não chega a ser dos mais expressivos, pois limitado a 1,8 ponto percentual – índice de incremento de 5,7%. E quem mais cedeu espaço para o frango foram os bovinos, pois sua participação recuou 1,5 ponto percentual, enquanto a perda dos suínos ficou em apenas 0,3 ponto percentual.

Mas essa estabilidade no tocante à participação na renda dos três produtos não reflete o dinamismo registrado na produção de frangos. Pois, nessa década e meia, enquanto o volume de suínos e bovinos (aqui já transformados em carne) tendem a registrar, cada um, aumento em torno de 40%, o aumento previsto para a produção de carne de frango supera os 120%.

Naturalmente, a menor representatividade do frango no VBP está diretamente ligada ao maior valor do boi. Mas é influenciada também por uma menor valorização do frango em relação ao boi. Levando em conta os preços recebidos pelos produtores, em 2000 o boi (preço da arroba convertido em quilos) alcançava valor 2,96 superior ao da mesma quantidade de ave viva. Pelos valores atuais (arroba do boi = R$145,00; quilo do frango = R$2,70), o boi está valendo 3,58 vezes mais que o frango.

Fonte: AviSite